Marcelo não quer que Costa acabe maioria absoluta como Cavaco

Presidente da República afasta cenário de dissolução depois das europeias, como admitido por Luís Montenegro, mas aconselha o Governo a fazer obra e não ter "maioria absoluta apenas de nome".

O Presidente da República afasta um cenário de eleições antecipadas depois das eleições europeias de 2024. Em resposta às declarações do líder do PSD, em entrevista ao ECO, Marcelo Rebelo de Sousa recorda que nunca houve a demissão de um Governo depois de umas eleições europeias. O chefe de Estado, no entanto, pede ao Governo para fazer obra e respondeu às declarações de António Costa sobre o Governo se ter posto a jeito nos últimos meses para os casos.

A função do Presidente da República é ajudar o Governo a não se pôr a jeito de uma maioria absoluta de nome não ser de obra também. O que interessa é que o Governo mantenha vitalidade para governar em maioria absoluta”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações difundidas pela RTP3.

Nos próximos tempos, continuou, “o que os portugueses querem é uma maioria que seja motor de recuperação económica, que ganhe dinamismo, que ultrapasse qualquer resultado”, referiu. O Presidente da República recuperou, porém, a história relativa às maiorias absolutas de Cavaco Silva (1987 e 1991) e de José Sócrates (2005).

Sobre Cavaco Silva, o chefe de Estado lembrou que, “nos anos 1990, a maioria foi-se esvaziando”. Em 1994 perdeu eleições europeias. Ainda se manteve em funções durante ano e meio, “a discutir o nome do novo líder, apesar de estar morta”. Nessas eleiçõs europeias, o PS obteve 34,87%, contra 34,39% do PSD.

Mais recentemente, em 2009, o PS de José Sócrates perdeu as eleições europeias para o PSD. Sobre este caso, Marcelo Rebelo de Sousa comentou que “houve outras maiorias que perderam eleições e conseguiram dinâmicas”. É que, nesse mesmo ano, o PS venceria de novo as legislativas, embora perdendo a maioria absoluta.

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