Já há bancos a pagarem mais de 2% pelas suas poupanças

Há cada vez mais bancos a subirem as taxas de juro dos depósitos para novos clientes. No espaço de três meses, a mediana da TANB destes depósitos subiu 50 pontos base para 2%.

As taxas de juro dos depósitos a prazo estão finalmente a subir. Não à velocidade das taxas Euribor nem de uma forma generalizada, mas são cada vez mais os bancos a procurarem remunerar as poupanças dos particulares com taxas mais “simpáticas”.

De acordo com dados recolhidos pelo ECO, a mediana da Taxa Anual Nominal Bruta (TANB) dos depósitos de “boas-vindas”, destinada apenas a novos clientes, é de 2%. Há três meses, era de apenas 1,5%.

Com uma taxa de 2,5% a três meses, a oferta do BAI Europa é atualmente a mais competitiva do mercado. Há três meses pagava menos 100 pontos base que atualmente, e há cerca de um ano, em janeiro de 2022, tinha uma taxa de 1,1%.

No entanto, nos últimos três meses, o banco que mais subiu as taxas de juro dos depósitos para novos clientes foi o Bankinter. Se em meados de novembro de 2022 não ia além de uma remuneração de 0,15% no seu “Depósito Boas-Vindas”, agora remunera as poupanças dos novos clientes com taxas entre 1,25% (a três meses) e 2% (a 18 meses), para aplicações entre 5 mil e 100 mil euros.

Os depósitos de “boas-vindas” oferecem, tendencialmente, taxas de juro acima da taxa média dos depósitos a prazo recorrentes dos bancos e, por norma, têm uma maturidade reduzida e não são renováveis.

Esta oferta comercial, que é disponibilizada por pouco bancos, esbate com uma oferta generalizada de depósitos a pagaram muito pouco ou mesmo 0% pelas poupanças das famílias, sobretudo por parte dos maiores bancos.

De acordo com dados do Banco de Portugal, a taxa de juro anual dos depósitos a prazo até um ano praticada pela banca nacional é de apenas 0,3%, cerca de 4,5 vezes menos que a taxa de 1,35% paga pelos bancos da Zona Euro.

No entanto, grande parte das famílias continua a preferir deixar as suas poupanças em depósitos a prazo. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, em dezembro do ano passado, o montante de novos depósitos até um ano subiu 6,9% para 4.588 milhões de euros, o valor mais elevado desde janeiro de 2016.

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