Tripulantes abrem porta a greve na easyJet

  • ECO
  • 9 Março 2023

Associados do SNPVAC mandatam direção a "promover todas as diligências, incluindo a greve, para salvaguardar os interesses dos tripulantes de cabine".

Está aberta a porta a uma greve dos tripulantes da easyJet em Portugal. A direção do SNPVAC, sindicato que representa esta classe profissional, foi mandatada para “promover todas as diligências, incluindo a greve”, de forma a “salvaguardar os interesses dos tripulantes”. Caso a direção do sindicato convoque uma greve, o pré-aviso tem ser apresentado com 10 dias de antecedência. EasyJet responde que “leva muito a sério as suas responsabilidades como empregador” mas “não é possível comparar os termos e condições entre diferentes jurisdições”.

A decisão foi aprovada em assembleia geral de emergência nesta quinta-feira, com voto a favor de 277 dos 278 associados presentes em assembleia geral, tendo havido apenas um voto contra, refere o comunicado.

A direção do sindicato ficou mandatada para promover todas as diligências e recorrer a todos os meios legais adequados, incluindo a greve, para salvaguardar os interesses dos Tripulantes de Cabine” se as negociações laborais com a empresa continuarem a não ser satisfatórias para os legítimos interesses dos seus associados”, refere ao ECO fonte oficial do SNPVAC.

O pessoal de voo da easyJet em Portugal pretende condições idênticas aos colegas das restantes operações europeias da companhia e pedem um aumento salarial acima dos 10%.

Em reação, a easyJet indica que “leva muito a sério as suas responsabilidades como empregador e emprega toda a sua tripulação ao abrigo de contratos locais, acordados com os sindicatos e em conformidade com a legislação local relevante, pelo que não é possível comparar os termos e condições entre diferentes jurisdições”.

A companhia low-cost recorda que tem de 19 aviões baseados nos aeroportos portugueses e emprega mais de 750 funcionários. “Contratámos um número significativo de colaboradores nos últimos meses e continuamos a receber um elevado número de candidaturas para funções de tripulantes de cabine em Portugal, o que é uma prova das condições competitivas que oferecemos no mercado”, acrescenta.

Os tripulantes também querem maior antecedência na marcação de escalas, passando de 36 para 48 horas, como nas operações europeias, escreveu o semanário Expresso no início deste mês.

(atualizado com reação da empresa)

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