Luís Costa, Gese Seguros: “Quem vende pelo preço, morre pelo preço”

O gestor da mediadora que pertence ao Top 100 ECOseguros cresceu negócios 27% no primeiro trimestre e diz que para responder ao aumento dos prémios é preciso oferecer novas soluções aos segurados.

A mediadora de seguros Gese, que está no Top ECOseguros das 100 maiores mediadoras em Portugal, cresceu 27% os seus negócios no primeiro trimestre deste ano e reduziu a quota do ramo automóvel na sua carteira de seguros para 40%.

Esta situação deixa o gestor Luís Costa animado. Logo agora, a mediadora acabou de vencer o Prémio 5 Estrelas Regiões Distrito do Porto. Está à frente da empresa fundada em 1974 pelos seus pais, Alberto e Maria de Lurdes Câncio Costa, e sente que os clientes precisam de mais que baixo preço para aceitar os aumentos inevitáveis dos preços de prémios que 2023 está a trazer.

Luís Costa: “Gerir aumentos nunca é tarefa fácil, os clientes na generalidade entendem pequenos ajustes, no entanto com aumentos muitas vezes superiores a 10% obriga-nos a arranjar novas soluções no mercado”.

Segundo Luís Costa, 2022 foi um excelente ano para a Gese Seguros, com forte crescimento orgânico e um aumento considerável de parceiros por aquisição ou parceria. “Fechámos o ano com mais de cinco milhões de euros em prémios cobrados, isto resultado da atividade comercial da Gese Seguros diretamente, os resultados consolidados com as outras empresas que intervimos são expressivamente superiores. A Gese, baseada na Póvoa de Varzim, faturou cerca de 643 mil euros em 2021, e tem ainda participações nas mediadoras CLSeguros, com 49%, e Seguropa 2, com 30%. Conta ainda com uma participação nos media através da Ilustrepágina, detendo desta 12,5% do capital.

Para 2023, Luís Costa espera “crescimento, consolidação e novas parcerias”. Diz: “terminámos março com um crescimento de 27% em receita cobrada e uma diminuição substancial no peso do ramo automóvel na nossa carteira, estando agora na ordem dos 40%”.

O aumento dos preços dos prémios é uma realidade que a mediação vai ter de gerir este ano e Luís Costa considera que “gerir aumentos nunca é tarefa fácil, os clientes na generalidade entendem pequenos ajustes, no entanto com aumentos muitas vezes superiores a 10% obriga-nos a arranjar novas soluções no mercado”, acrescentando que tentam sempre “que o cliente reconheça o valor da nossa proposta porque quem vende por preço, morre pelo preço”.

A Gese aposta no mercado particular e PMEs, em 60% e 40%. Tem também um grande enfoque no ramo vida, especificamente no crédito habitação “onde temos parcerias nacionais muito importantes”, refere Luís Costa. Em Vida, as seguradoras parceiras são a Metlife, ASISA e Real Vida.

Em seguros gerais, trabalha com Allianz, Ageas, Tranquilidade e Liberty Seguros e também com corretores, especialmente um, em produtos de nicho. A sua rede conta com 50 mediadores, espalhados pelo país, fruto de aquisições e parcerias de co-mediação e a própria Gese terá 20 funcionários diretos este ano.

Quanto à abertura a fusão ou aquisições, Luís Costa afirma analisar com muita atenção o mercado, “embora sempre com as devidas cautelas que estes negócios obrigam, é uma parte complementar com um peso diminuto no universo do grupo Gese seguros”, conclui.

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