Grupo Vinci deve começar a operar em Cabo Verde no segundo semestre de 2023

  • Lusa
  • 16 Abril 2023

Concessão por 40 anos e por ajuste direto prevê para a ANA - Aeroportos de Portugal 30% das participações na sociedade de direito cabo-verdiano criada para assumir este contrato.

O ministro das Finanças de Cabo Verde afirmou este domingo que a entrega da gestão dos aeroportos cabo-verdianos à Vinci deverá ficar concluída em breve, para que a empresa comece a operar no segundo semestre deste ano.

O contrato de concessão do serviço público aeroportuário ao grupo Vinci, envolvendo a gestão por 40 anos dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos, foi assinada em julho do ano passado, mas, até ao momento, o processo ainda não está concluído por causa de questões de financiamento, admitiu, em declarações à Lusa, Olavo Correia.

Falando à Lusa à margem dos encontros da Primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, em Washington, Olavo Correia explicou que o “contrato foi assinado, mas tem um conjunto de condições precedentes a serem reunidas de parte a parte”, que “não dependem apenas de Cabo verde ou da Vinci , mas também de entidades terceiras, nomeadamente ao nível do financiamento”.

Trata-se de uma concessão que o Governo cabo-verdiano decidiu atribuir à Vinci Airports por ajuste direto, prevendo para a ANA – Aeroportos de Portugal 30% das participações na sociedade de direito cabo-verdiano criada para assumir este contrato.

Por esta concessão, o Estado cabo-verdiano vai receber 80 milhões de euros e a operadora terá ainda de pagar anualmente uma percentagem das receitas brutas, de 2,5% nos primeiros 20 anos, subindo para até 7% nos últimos 10 anos.

De acordo com o governante, o acordo “prevê vários prazos para que haja flexibilidade”, mas “o trabalho está a andar bem” e “significa que, no segundo semestre, devemos estar a operar com a Vinci”.

Para Olavo Correia, este acordo permite um “quadro de maior previsibilidade, maior confiança” para todos os parceiros, porque “os aeroportos são importantes para o país”, já que “têm a ver com a entrada de pessoas, tem a ver com a promoção do turismo”, e, por tudo isto, “todo o futuro de Cabo Verde está muito intrincado e está muito ligado à performance, ao nível da gestão dos aeroportos”.

A concessão “pode também ser um fator de acelerador, não só da dinâmica, mas também do potencial de crescimento da nossa economia”, acrescentou.

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