JPMorgan assume depósitos e ativos do First Republic Bank

  • Lusa e ECO
  • 1 Maio 2023

Foi o terceiro banco americano a colapsar em dois meses, após queda do Silicon Valley Bank. JPMorgan vai assumir depósitos e maior parte dos ativos do First Republic após intervenção do regulador.

A agência federal norte-americana que garante os depósitos bancários anunciou que o JPMorgan Chase Bank vai assumir todos os depósitos e a maior parte dos ativos do First Republic Bank.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) revelou que os reguladores da Califórnia fecharam o First Republic Bank e que o JPMorgan Chase assume “todos os depósitos e substancialmente todos os ativos do First Republic Bank”.

Assim, as 84 agências do First Republic Bank em oito estados serão reabertas como agências do JPMorgan.

As ações do First Republic, sediado em São Francisco, perderam 97% do seu valor este ano, pressionadas pelos receios de perdas na sua carteira de crédito e outros ativos e pela intensa fuga de depósitos que registou desde o colapso do Silicon Valley Bank, no dia 10 de março.

Para conter a pressão, o FDIC avançou com o processo de venda esta semana. Os interessados tiveram até sexta-feira para apresentarem propostas não vinculativas e estiveram a estudar o balanço do banco durante o fim de semana.

O First Republic viu o total de ativos mais do que dobrar para 112 mil milhões de euros (102 mil milhões de dólares) no final do primeiro trimestre de 2019. Mas a grande maioria dos depósitos do First Republic, como os do Silicon Valley e do Signature Bank, não tinha seguro, ou seja, acima do limite de 274 mil euros (250 mil dólares) estabelecido pelo FDIC.

Esta situação deixou os analistas e investidores preocupados, porque se o First Republic fosse à falência, os seus depositantes poderiam não receber todo o seu dinheiro de volta.

Esses receios foram cristalizados nos recentes resultados trimestrais do banco que admitiu que os depositantes retiraram mais de 100 mil milhões de dólares do banco durante a crise de abril.

Desde então, o First Republic tem procurado uma forma de se reerguer rapidamente, tendo planeado vender ativos não rentáveis, incluindo as hipotecas a juros baixos que concedia a clientes ricos.

Também anunciou planos para despedir até um quarto da sua força de trabalho, que totalizava cerca de 7.200 funcionários no final de 2022. Mas os investidores mantiveram-se céticos.

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