BPI VeP e GamaLife agitam o ranking das seguradoras no 1º trimestre

A BPI Vida e Pensões é a nova líder no ramo Vida e um novo produto fez a GamaLife duplicar vendas e subir 7 lugares no ranking. Fidelidade e Ageas perderam, em conjunto, 10% do mercado. Veja a lista.

A turbulência provocada pela subida das taxas de juro e das seguradoras precisarem de enfrentar essa realidade provocou grandes mudanças no ranking das seguradoras em Portugal no 1º trimestre do ano. A maioria das companhias resistiu ao lançamento de produtos do ramo Vida, mas a BPI Vida e Pensões e a GamaLife já lançaram seguros competitivos para os novos tempos, enquanto os bancos mantêm baixas as remunerações dos depósitos dos seus clientes.

A primeira e o primeiro CEO a arriscar no ramo Vida: Isabel Castelo Branco, da BPI Vida e Pensões e Matteo Castelvetri, da GamaLife.

A ASF, entidade supervisora do setor, divulgou os resultados da produção das seguradoras que atuam no mercado nacional no final do 1º trimestre de 2023. Com base nesses dados que reportam o desempenho comercial de 61 seguradoras, ECOseguros agrupou em 38 grupos ou companhias únicas quando não integradas em conglomerados e executa o ranking.

A Fidelidade baixou a sua quota no mercado total no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado em 7,3% correspondendo a uma produção 300 milhões de euros inferior. Este valor resultou essencialmente de uma descida abrupta na venda de produtos unit linked, segmento onde desceu da liderança para o 3º lugar e que não foi compensado totalmente apesar de subida geral no ramo Não Vida em 9,2%, com os principais ramos a subirem 18% em acidentes de trabalho, 12,3% em saúde e 9,7% em automóvel.

Também o grupo Ageas Portugal baixou a sua quota de mercado total de 15,3% para 13%, igualmente devido a baixas acentuadas nas seguradoras Ocidental Vida e Ageas Vida, apesar da Ageas Seguros, tenha passado a ser a terceira maior seguradora do país ao crescer a sua produção em 11,8%.

A Generali, com a Tranquilidade e a Europ Assistance, mantém-se como o 3º maior grupo nacional e enquanto seguradora é a 2ª maior. Subiu 2,1 pontos a sua quota de mercado total para 11,5% e após um 1º trimestre de subida de 10% na sua produção com crescimento significativo de 23% no ramo saúde e aumentando a sua quota no segmento para 13,4%.

A BPI Vida e Pensões subiu 3 lugares entre os grupos, mas tornou-se líder no ramo Vida com 19% de quota de mercado neste segmento, e quase triplica vendas de seguros risco e poupança. É uma mudança histórica na liderança do setor Vida, aproveitando o pior 1º trimestre da Fidelidade nesta área.

A Allianz teve um primeiro trimestre com um crescimento de quota para 6,1%, após uma descida de 25% na produção do ramo Vida, mas com um aumento de 23% no ramo saúde e de 18,4% no conjunto dos ramos Não vida.

A GamaLife foi a grande surpresa. Subiu no ranking nacional de 11º para 6º lugar graças a um crescimento através de um produto de rendimento garantido bem comercializado pelo Novobanco. Duplicou vendas para 167 milhões de euros no trimestre, cresceu 8 vezes a produção em produtos não ligados a fundos de investimento e quase ultrapassa a Fidelidade no segmento.

O grupo segurador do Santander teve a empresa Santander Totta Seguros, que trata os seguros financeiros, a decrescer e a baixar 3 lugares no ranking, sem que a as Aegon Santander Vida e Não Vida, esta subiu vendas em 25%, tenham conseguido compensar esta descida.

A Zurich aumentou a sua quota de mercado para 4,8% enquanto a CA, do grupo Crédito Agrícola, baixou 3 lugares no ranking, muito devido à baixa do ramo Vida. A Lusitania subiu 17% e melhorou a sua quota de mercado em 1 ponto para 4,1%. Destaque ainda para as subidas no ranking para Liberty, Victoria, Caravela, Bankinter, MetLife, AIG, Chubb, Cardif e Prévoir.

O ranking do 1º trimestre de 2023 com dados da ASF e tratamento de ECOseguros ficou assim:

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