Alemães chamam portugueses para “vender” passes de transportes mais baratos

A HanseCom, que criou a solução para passe mensal de transportes a 49 euros na Alemanha, abriu escritório em Portugal e pretende atingir os 25 trabalhadores até ao final deste ano.

Portugal está a ajudar os alemães a vender os passes de transportes mensais a 49 euros. A tecnológica HanseCom, que criou a solução que permite vender estes passes — “Deutschlandticket” –, abriu um escritório no centro de Lisboa, que já conta com 17 funcionários e que irá atingir os 25 elementos até ao final deste ano. A empresa admite estar à procura de parceiros nacionais para desenvolver novos sistemas de bilhética em Portugal.

Para já, a tecnológica alemã tem cinco vagas abertas, exclusivamente para programadores. Procuram-se especialistas em desenvolvimento para dispositivos móveis (com sistema operativo Android e iOS), programadores de backend (com foco em PHP) e ainda programadores de front-end (especialistas em React). Mais pessoas irão juntar-se à equipa ainda neste ano. “Planeamos aumentar o número de funcionários em Portugal para 25 até ao final de 2023”, refere ao ECO o diretor-geral da tecnológica para o mercado português, Rodrigo Machado.

A HanseCom abriu uma sucursal em Lisboa depois de se ter retirado da capital da Bielorrússia, país aliado da Rússia. Dos atuais 17 trabalhadores em Portugal, “nove foram transferidos da nossa antiga subsidiária na Bielorrússia, que encerrámos em 2022 devido à guerra na Ucrânia”, destaca o gestor. Para já a equipa em Portugal está a “desenvolver ainda mais” as soluções técnicas da HanseCom para as empresas de transportes públicos na Alemanha e Estados Unidos.

Rodrigo Machado, diretor-geral da HanseCom em Portugal.

Os trabalhadores da multinacional alemã desenvolvem plataformas de venda de títulos de transporte e ainda soluções para gestão dos utentes das empresas de transportes públicos. “Os clientes finais beneficiam com a possibilidade de pesquisar, reservar e comprar todos os serviços que utilizam — como bilhetes de autocarro e comboio, partilha de bicicletas ou aluguer de trotinetes eletrónicas — de forma rápida e conveniente numa única aplicação de mobilidade, para a qual só precisam de se registar uma vez”, detalha o líder da HanseCom em Portugal.

No entanto, a multinacional também procura parceiros portugueses, numa altura em que está a ser desenvolvido o projeto 1bilhete.pt, para criar o bilhete único para todos os transportes em Portugal. “Iniciámos conversações com empresas de transportes portuguesas e estamos a analisar o mercado português dos transportes públicos e as suas necessidades específicas do ponto de vista comercial. Com base nestas discussões e conclusões, decidiremos então qual a melhor forma de conjugar os requisitos locais com as nossas soluções de mobilidade”, assume Rodrigo Machado.

Atração de estrangeiros

Portugal foi escolhido como um novo país para a HanseCom por ser “seguro, democrático e com um elevado nível de educação e qualificação”, além de ser um “local atrativo para negócios”. Rodrigo Machado nota ainda que a capital portuguesa “é muito acessível e um destino muito atrativo para os profissionais portugueses e estrangeiros”.

O regime de trabalho é híbrido, com cada funcionário tem de vir ao escritório “pelo menos uma vez por semana”. “O trabalho em equipa, a interação pessoal e a colaboração em projetos que consideramos serem interessantes, são muito importantes para nós”, nota Rodrigo Machado. Ainda assim, “cada funcionário pode equilibrar o trabalho no escritório e em casa, de acordo com as suas preferências pessoais”.

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