Economia mundial dispensava crise da dívida dos EUA, diz líder do FMI
Os Estados Unidos já se debateram no plano "puramente teórico" com a possibilidade de incumprimento, mas encontraram sempre "uma solução no último minuto", disse Kristalina Georgieva.
A economia mundial, que enfrenta já uma “forte incerteza”, poderia “dispensar” a tensão das negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, afirmou esta quarta-feira a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Em Washington, democratas e republicanos esforçam-se por chegar a um acordo para evitar que o país entre em incumprimento a partir de junho, aumentando os receios de pânico financeiro e de uma recessão, com um potencial efeito de contágio à escala mundial.
“A economia mundial, já confrontada com uma incerteza tão grande, poderia dispensar” negociações intermináveis em Washington, disse Georgieva, num fórum em Doha, no Qatar, citada pela AFP. A diretora-geral do FMI afirmou, no entanto, estar convencida que um acordo pode resolver a situação da primeira economia mundial.
Para Georgieva, os Estados Unidos já se debateram no plano “puramente teórico” com a possibilidade de incumprimento, mas encontraram sempre “uma solução no último minuto”. “Devemos sempre estar conscientes que esse risco existe”, acrescentou.
Para ultrapassar o risco de incumprimento, o Congresso – com o Senado dominado por democratas e a Câmara dos Representantes por republicanos – terá de aprovar um aumento do limite máximo de endividamento público autorizado. Os republicanos recusam aumentar o teto da dívida sem condições e exigem cortes orçamentais drásticos antes de darem a sua aprovação, uma exigência que os democratas têm recusado.
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