Prosegur Alarms proclama-se “aliada das seguradoras”

  • Diana Rodrigues
  • 24 Maio 2023

João Carvalho, diretor de marketing da empresa de segurança, explicou ao ECOseguros como se processam as ocorrências, que têm sido mais prevalentes nos centros urbanos, e proclama-se "um aliado".

João Carvalho, Diretor de Marketing da Prosegur Alarms, considera que a Central Recetora de Alarmes (CRA) da empresa é um data center muito especial. Isto porque, partilhou com o ECOseguros, “recebe sinais de todos os sistemas que temos, espalhados pelas casas e pelos negócios dos nossos clientes“. Protege bens, habitações e negócios através de um processo inteligente. “Os dados são sempre recolhidos, só que nem sempre são tratados. O sistema está sempre a ver o que está a acontecer”, partilhou.

Quando surge uma ocorrência que ative o alarme – intrusão, incêndio, controlo de acessos, videovigilância, ou outros – dados são transmitidos remotamente, por GRP ou IP (wi-fi) e, em função do que é recebido, sinais são enviados para a sala de receção da CRA. Operadores que trabalham ’24×7′ dão resposta à informação recolhida, por ordem de algoritmos que interpretam diferentes graus de urgência.

Nós funcionamos ‘à priori‘ – se alguém tem um sistema de alarme é bonificado pelo facto de o ter”, sublinhou João Carvalho, Diretor de Marketing da Prosegur.

Somos [uma empresa] aliada das seguradoras. O nosso principal objetivo, quando colocamos sistemas de segurança é mitigar o risco e proteger os conteúdos e os bens que estão dentro das casas. O scoring das seguradoras é melhorado quando estamos presentes. Nós funcionamos à priori – se alguém tem um sistema de alarme é bonificado pelo facto de o ter“, sublinhou João Carvalho.

Na central CRA, situada na Avenida de Berna – um “mini call center”, onde cerca de 60 pessoas estão fechadas, literalmente, numa espécie de caixa-forte – são analisadas ocorrências vindas de todo o país, que chegam a cada agente aleatoriamente.

De acordo com dados qualitativos e quantitativos, os agentes decidem os passos a adotar. O interface humano tem que interpretar “um sistema cego”. O operador só tem acesso aos dados quando o alarme é ativado – que, tem também, muitas falsas ocorrências e pode até ser ativado por deslocações de massas de calor.

Os clientes, através da app, ou os operadores da CRA podem facilmente aceder ao local protegido remotamente e verificar o que está a ocorrer. Para casos mais graves, patrulhas são enviadas ao local. O sistema automaticamente transmite o sinal de ‘sabotagem’, quando os equipamentos são comprometidos.

João Carvalho assegura que todos os procedimentos são ‘compliants’ com a legislação em vigor. Ao final de 30 dias, o sistema apaga os dados. Apenas os clientes em sistema self-service, através das apps, podem guardar os elementos registados. Eventos que ativem ocorrências de alarmística ficam guardados. “O manuseamento não existe sob a forma de data mining – o sistema só funciona com base em algoritmos que estão ligados à alarmística“, garantiu João Carvalho.

O diretor de marketing explicou que “é fácil categorizar os dados recolhidos por freguesia, ou distrito”. As opções de sistema são tantas que podem ser praticamente ‘custom made’ – cada cliente pode desenhar o seu próprio método de proteção, adaptado às suas necessidades específicas.

Quanto a verdadeiras ocorrências – mais prevalentes em Lisboa e Porto, e nos centros urbanos do país – têm, por lei, que ser comunicadas, periodicamente, ao Ministério da Administração Interna. A informação é condensada no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) – bastante extenso, com cerca de 3 centenas de páginas – e que inclui dados de todo o país.

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