Buscas a casas de oligarca russo foram ilegais, decide tribunal alemão
Um dos 26 oligarcas visados nas sanções da UE foi alvo de buscas por branqueamento de capitais, mas o tribunal distrital de Frankfurt considerou que foram "ilegais".
O tribunal distrital de Frankfurt decidiu a favor de um dos oligarcas russos visados pelas sanções da União Europeia por considerar que as buscas que decorreram à sua propriedade privada, na Alemanha, foram ilegais.
De acordo com a notícia avançada pela revista alemã Der Spiegel e citada pelo Financial Times, esta sexta-feira, as investigações decorreram no âmbito de uma investigação resultante de acusações contra o multimilionário Alisher Usmanov de branqueamento de capitais, evasão fiscal e violação de sanções.
Apesar das acusações, o tribunal distrital de Frankfurt considerou esta sexta-feira que não havia motivos para suspeitar de branqueamento de capitais, revogando os mandados de busca. A justiça alemã considera que as buscas realizadas “não cumpriram os requisitos mínimos da definição do crime que está a ser investigado” e acusam os procuradores de se terem baseado num vídeo do YouTube de Alexei Navalny para formalizarem a acusação.
Os procuradores fizeram buscas em três propriedades em Rottach-Egern, a sul de Munique, no iate de Usmanov e num apartamento de outro cidadão uzbeque ligado a Usmanov em Königstein, uma pequena cidade perto de Frankfurt. Segundo a revista alemã, foram confiscados objetos de arte e documentos.
Usmanov é um dos 26 oligarcas russos visados nas sanções da União Europeia contra a Rússia, na sequência da guerra na Ucrânia. O multimilionário começou a acumular riqueza enquanto diretor da empresa estatal russa de gás Gazprom, na década de 1990.
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