Trovoadas arrasam aldeia e há estragos na agricultura. Seguros insuficientes

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

As trovoadas dos últimos dias no distrito de Bragança deixaram um rasto de destruição em várias aldeias de Macedo de Cavaleiros, com estragos na cultura de castanha e maçã. Seguros são insuficientes.

As trovoadas dos últimos dias no distrito de Bragança deixaram um rasto de destruição em várias aldeias de Macedo de Cavaleiros, estragos na castanha de Vinhais e na maçã de Carrazeda de Ansiães, divulgaram hoje entidades locais.

No concelho de Macedo de Cavaleiros, “a aldeia dos Cortiços está totalmente desventrada”, segundo a descrição feita à Lusa pelo vereador Paulo Rogão, que se encontra no terreno junto com os Serviços Municipais de Proteção Civil e bombeiros.

Esta aldeia e a de Carrapatas foram assoladas no domingo por um trovoada com chuvas torrenciais que provocaram “a destruição total de arruamentos, redes de saneamentos, deixaram infraestruturas à vista, derrubaram muros, deixaram estradas e caminhos intransitáveis e inundaram habitações”.

Desde domingo que no terreno se tenta limpar os destroços para deixar as ruas transitáveis, mas a normalidade vai ser difícil regressar à aldeia dos Cortiços, segundo o vereador da Câmara Municipal.

“Os prejuízos são elevados”, afirmou, indicando que o município espera ter valores concretos até ao final da semana.

As trovoadas acompanhadas de granizo em algumas zonas causaram também danos na castanha de Vinhais, o concelho transmontano que é dos maiores produtores nacionais e onde o presidente da Câmara, Luís Fernandes, estima que “os prejuízos sejam de milhares de euros”.

Zonas de maior produção do concelho, como Vilar Seco de Lomba e Edral, foram as mais afetadas na castanha, mas há também vinhas e caminhos rurais danificados, segundo o autarca.

As intempéries que se repetem há vários dias consecutivos na região deixaram marcas também em algumas vinhas do Vale da Vilariça e nos pomares de maçã de Carrazeda de Ansiães, onde já se deslocaram técnicos da Direção Regional de Agricultura para fazer o levantamento de prejuízos.

Os produtores têm poucas expectativas relativamente a apoios governamentais, como expressou Duarte Borges, da Associação dos Fruticultores, Viticultores e Olivicultores do Planalto de Ansiães.

A estimativa é de que “cerca de 60%” da área de produção da maçã tenha sido afetada, e apesar de a maioria dos produtores ter seguros de colheitas, alegam que não cobrem os prejuízos efetivos.

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