Medina descreve relação “agradável” com Pedro Nuno Santos, embora com “tensões”

O ministro das Finanças descreveu na comissão de inquérito uma relação agradável e profícua com Pedro Nuno Santos, embora "nunca isenta de tensões".

Fernando Medina afirmou na comissão parlamentar de inquérito que teve relação “bastante agradável” e “profícua” com o antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

A relação que tive com Pedro Nuno Santos enquanto ministro das Infraestruturas foi uma relação normal, de cooperação. Uma relação profundamente comprometida com a defesa do interesse pública e que tenho como bastante agradável e profícua“.

“A relação com o Ministério das Infraestruturas e Habitação no dossiê da TAP e noutros é muito exigente”, classificou, dando como exemplo o trabalho que é desenvolvido na Infraestruturas de Portugal, nos Portos ou nas telecomunicações.

O relato que tenho a fazer da minha experiência de trabalho com Pedro Nuno Santos foi uma boa relação de trabalho, franca, quotidiana, nunca isenta de tensões“, descreveu. “É impossível num Governo não haver tensões com o ministro das Finanças. Caso contrário não é um bom ministro”, acrescentou.

O ministro das Finanças reconheceu que deveria ter conversado mais cedo com o seu colega das Infraestruturas sobre escolha de Alexandra Reis, então na NAV, para a secretaria de Estado do Tesouro. “Podia tê-lo feito de forma mais cortês e tê-lo informado com mais tempo”, reconheceu.

Fernando Medina tomou posse como ministro das Finanças em março de 2022, já depois da saída de Alexandra Reis da administração da TAP. Em novembro de 2022, convidou-a para secretária de Estado do Tesouro, cargo que ocupou durante apenas 26 dias, demitindo-se após o caso da indemnização de 500 mil euros. Medina tem agora a seu cargo a reprivatização da companhia aérea, cujo primeiro passo foi dado no final de abril, com a resolução do Conselho de Ministros que mandata a Parpública para realizar duas avaliações à transportadora.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas recuou até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estando a votação do relatório final prevista para 13 de julho.

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