Academia de Tim “tubarão” Vieira arranca com formação superior para adultos

Gestão, ciências computacionais, educação ou gestão desportiva são as áreas de formação dos cursos de ensino superior online que a BGA iniciou com mais de 140 universidades internacionais.

A Brave Generation Academy (BGA) de Tim Vieira começou a dar formação para adultos, tendo fechado parcerias com mais de 140 universidades internacionais para, tendo por base os hubs da BGA, prestar formação online de ensino superior em áreas educativas como gestão, ciências computacionais, educação ou gestão desportiva. “Em breve” a BGA conta adicionar a oferta de upskiling e reskilling para profissionais adultos através do projeto “BGA for Adults”.

“Estamos num momento da história em que a demografia nos diz que o mundo ocidental está a envelhecer e a sua população em declínio. Noutras áreas do mundo as populações crescem e, matematicamente, rejuvenescem. Contudo, desafortunadamente, com um acesso iníquo a soluções educativas de qualidade”, começa por referir Tim Vieira, fundador da BGA.

“Os seres humanos terão de ser lifelong learners, e a BGA pode ser uma força de aceleração no desenvolvimento das pessoas ao longo do seu ciclo de vida e, por conseguinte, maximizar o impacto positivo que temos nas comunidades que nos acolhem”, acrescenta o empresário que ficou conhecido do grande público com a participação no programa Shark Tank.

“Decidimos acrescentar à nossa oferta, opções de ensino superior, num programa a que chamámos UP: Unique Pathway. Num futuro a muito breve prazo, teremos ainda oferta de upskilling e reskilling de profissionais adultos. Esta é a visão do nosso projeto ‘BGA for Adults’”, reforça.

Globalmente, a BGA tem cerca de 1.400 alunos e 61 hubs, dos quais 41 em Portugal, ministrando formação a cerca de 800 jovens. Desde junho, avançou para a formação para adultos, de nível superior, através de parcerias com universidades como Birmingham City University, Northwood University, a University of Westminster ou a University of Bolton, num total de mais de 140 parcerias.

Os seres humanos terão de ser lifelong learners, e a BGA pode ser uma força de aceleração no desenvolvimento das pessoas ao longo do seu ciclo de vida e, por conseguinte, maximizar o impacto positivo que temos nas comunidades que nos acolhem.

Tim Vieira

Fundador da Brave Generation Academy

“O projeto alicerça-se no nosso modelo formativo distintivo (flexível, autodeterminado pelo learner e totalmente customizado às preferências individuais de cada um). Inovámos bastante ao oferecermos agora licenciaturas (Bachelor with Honours na terminologia anglo-saxónica) em parceria com universidades de referência mundial”, continua Tim Vieira. “O objetivo? Formar seres humanos completos, preparados para um mundo global e em disrupção acelerada, e que saibam, sobretudo, aprender”, responde.

Ensino em modelo híbrido

Desde o início do mês que os interessados podem candidatar-se a este programa de formação. Os candidatos terão de ter idade igual ou superior a 16 anos, ter o GCSE completo (General Certificate of Secondary Education) — o equivalente ao 10.º ano de escolaridade — e, dado que o ensino será ministrado em inglês, é recomendado um nível de domínio do idioma equivalente a IELTs 5.5.

“Não há numerus clausus nem calendário de ingresso. Em qualquer altura, em qualquer lugar, um brave learner pode iniciar-se no UP”, refere Eduardo Mendes, chief impact officer da Brave Generation Academy.

“Os learners que ingressarem no nosso Unique Pathway vão poder obter o grau de Bachelor with Honours [numa leitura simplificada, equivale à licenciatura ou ao primeiro ciclo do ensino superior] em quatro áreas à escolha: Business Management; Computing Science (BSc Software Engineering); Education e Sports Management“, explica Eduardo Mendes.

“Estes cursos são feitos em parceria com Universidades. Assim, os diplomas obtidos pelos alunos que frequentem o UP são, na verdade, emitidos pelas universidades, e são exatamente iguais aos que obteriam tivessem optado por fazer estes cursos em regime presencial, como tradicionalmente. Simplesmente são obtidos, na BGA, através do nosso regime híbrido, em que os conteúdos são assimilados online, havendo presença física nos hubs, em comunidade e com acesso aos nossos learning coaches, para desenvolvimento de competências psicossociais e de cidadania ativa”, continua o responsável da BGA.

Questionado sobre se os cursos são reconhecidos em Portugal ou se exigiriam alguma formação adicional em universidades portuguesas, Eduardo Mendes responde que “aquelas instituições universitárias estão, naturalmente, acreditadas, designadamente pelo OFQUAL (Office of Qualifications and Examinations Regulation) do Reino Unido, que é a instituição acreditadora de nível mais elevado naquele país e, como tal, amplamente reconhecida no mundo”, reforça Eduardo Mendes,

No caso da área de formação em gestão desportiva esta é reconhecida pelo Department of Higher Education & Training (DHET) de África do Sul, precisa o site da BGA.

A componente académica é ministrada online, mas com um regime de ensino-aprendizagem “híbrido para um desenvolvimento integral dos learners, designadamente em termos de competências psicossociais e integração na comunidade”. “A carga horária depende integralmente de cada aluno (daí, Unique Pathway). Prevemos uma duração média de 2 a 3,5 anos para completar os diferentes níveis, mas cada learner imporá o seu próprio ritmo“, refere Eduardo Mendes.

Os dois primeiros níveis da formação são ministrados no hub, mas no terceiro “há a opção de escolha entre completar os diferentes módulos presencialmente, no campus da universidade de escolha, ou permanecer à distância, através de qualquer um dos hubs que a BGA tem espalhados no mundo. Até pode viajar entre hubs pelos sete — em breve oito — países em que estamos. Assim, há opcionalidade, mas não é obrigatório o aluno estar deslocado, num país diferente, com os custos inerentes que tal opção acarreta”, explica Eduardo Mendes.

A BGA não fecha, por missão e visão, a porta a ninguém. Temos um plano de scholarships através de financiamento privado que disponibilizamos a qualquer um. Não sabemos onde está o próximo Einstein, e não queremos privá-lo/a da oportunidade de se revelar.

Eduardo Mendes

Chief Impact Officer da Brave Generation Academy

Espanha, EUA, África do Sul, Moçambique, Namíbia, Quénia, Ilhas Maurícias, Índia, Tailândia e Nova Zelândia são alguns dos países onde a BGA marca presença. O custo da formação dependerá do percurso de cada educando, mas “a formação completa gravitará em torno de 15.000 euros”.

“Relativamente às mensalidades/propinas, a BGA não fecha, por missão e visão, a porta a ninguém. Temos um plano de scholarships através de financiamento privado que disponibilizamos a qualquer um. Não sabemos onde está o próximo Einstein, e não queremos privá-lo/a da oportunidade de se revelar”, diz o chief impact officer quando questionado sobre eventuais mecanismos de apoio financeiro aos estudantes.

“Em breve” pacotes de formação às empresas

Depois da entrada da BGA no ensino para adultos, a academia tem previsto avançar “em breve” com a área de formação de upskilling e reskilling, com a criação de pacotes de formação para empresas.

Temos capacidade de desenhar programas à medida nas áreas de tecnologia, ciências de dados e ciências computacionais”, diz Eduardo Mendes. “É uma aposta que estamos agora a começar. O que notamos, com agrado, é que ninguém fica indiferente ao projeto BGA. Gera muita curiosidade e os nossos interlocutores, nas empresas ou individuais, ficam quase sempre positivamente intrigados”, refere o responsável.

“As grandes empresas têm, tipicamente, práticas de gestão e planeamento sofisticadas. Como tal, neste mundo em rápida mudança, estão hoje alerta para a necessidade de identificarem aquelas competências que necessitarão a médio longo prazo e, por outro lado, aquelas que se tornarão obsoletas ou redundantes. Isto tem impactos na forma como se desenham os processos, os postos de trabalho, e as estruturas orgânicas das equipas — em dimensão e organização. Tem, também, impactos humanos. Começar hoje a preparar esse futuro, qualificando as pessoas e mitigando externalidades negativas que ninguém deseja, é essencial”, comenta o chief impact officer, sobre a potencial recetividade das empresas a esta oferta.

“A BGA, uma vez mais, pode ser uma força de aceleração desses processos, associando o conhecimento técnico e científico acumulado da nossa rede de parceiros com o nosso modelo de ensino-aprendizagem holístico e distintivo”, conclui.

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