Mais de metade dos empregadores tech planeia contratar no terceiro trimestre

Apesar das intenções de reforçar as equipas, uma grande maioria (87%) admite dificuldades em recrutar profissionais. A área da cibersegurança está no topo das necessidades de talento tecnológico.

Mais de metade (55%) dos empregadores nacionais no setor das TI planeia contratar no terceiro trimestre do ano. Cibersegurança, suporte técnico e gestão de bases de dados são as áreas com as maiores necessidades de talento tecnológico. Mas encontrar estes recursos não é uma tarefa fácil: 87% das organizações de TI portuguesas admitem dificuldades em recrutar, valor bem acima das dificuldades sentidas pelos recrutadores a nível global, conclui o “Experis Tech Talent Outlook” elaborado pelo ManpowerGroup.

“Os empregadores continuam com elevadas necessidades de contratação de perfis tecnológicos e a atual conjuntura, impulsionada pelos esforços de inovação e aceleração da transformação digital, está a colocar uma maior pressão sobre a oferta existente, que é escassa em recursos técnicos e especializados”, comenta Pedro Amorim, managing director da Experis, marca que integra o ManpowerGroup.

“Neste contexto, as empresas necessitam adotar novas abordagens e apostar claramente na construção de talento, mediante estratégias de reskill e upskill, por forma a poderem ampliar as bases de competências capazes de alavancar os seus planos de crescimento futuro”, continua, citado em comunicado.

Os empregadores continuam com elevadas necessidades de contratação de perfis tecnológicos e a atual conjuntura, impulsionada pelos esforços de inovação e aceleração da transformação digital, está a colocar uma maior pressão sobre a oferta existente, que é escassa em recursos técnicos e especializados.

Pedro Amorim

Managing director da Experis

Durante o terceiro trimestre do ano, 55% dos empregadores nacionais deste setor preveem contratar novos profissionais, enquanto 11% antecipam uma redução nas equipas e os restantes 34% planeiam manter o atual número de colaboradores. Assim, a projeção para a criação líquida de emprego entre julho a setembro situa-se nos 44%.

Cibersegurança no topo das necessidades

A área de cibersegurança está no topo das necessidades de talento tecnológico, identificada por 39% dos empregadores nacionais, seguindo-se a área do suporte técnico, opção de 38% das empresas, e a gestão de bases de dados, escolhida por 32% dos inquiridos.

Do top 5 de áreas tecnológicas com previsões de contratação mais acentuadas faz ainda parte a área de desenvolvimento de aplicações (27%) e o ramo da experiência ao cliente e utilizador (25%).

Já a nível global, a cibersegurança também surge como a área de recrutamento mais prioritária para 34% dos empregadores, seguida do suporte técnico, mencionado por 32%, e pela área da experiência ao cliente e utilizador, em que 31% das empresas globais procuram profissionais.

Quase 90% das tech portuguesas têm dificuldade em contratar

Atualmente, 87% das organizações de TI portuguesas relatam dificuldades em recrutar, um valor que posiciona as dificuldades do setor tecnológico nacional acima do que é observado a nível global, onde as empresas tecnológicas assumem uma escassez de talento de 78%.

A formação e a aposta no upskill dos profissionais, assim como a aposta no recrutamento de novos colaboradores com as competências em falta, são as principais estratégias para responder à escassez de talento e aos desafios tecnológicos atuais e futuros, ambas opções escolhidas por 51% dos empregadores nacionais.

Seguidamente, surge o maior investimento em automação e o esforço na requalificação de trabalhadores, para que possam ser transferidos para funções de TI, estratégias apontadas por 50% das empresas nacionais.

Finalmente, 46% dos empregadores do setor afirma recorrer à contratação de profissionais freelancers e externos para enfrentar os desafios e oportunidades tecnológicos e garantir a continuidade dos negócios.

A nível global, o top de estratégias está alinhado com o nacional, com 50% dos empregadores a referirem a formação e a aposta no upskill dos seus profissionais como a principal opção, seguindo-se de 46% a apontar o recrutamento de novos profissionais com as competências em falta. Como terceira solução, surge o maior investimento em automação, referida por 39% das empresas globais.

O “Experis Tech Talent Outlook” entrevistou mais de 38.000 empregadores, dos quais quase 6.000 de empresas tecnológicas, em 41 países e territórios. Os resultados completos podem ser consultados aqui.

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