Inflação na Zona Euro abranda para 5,5% em junho. Portugal com a sétima taxa mais baixa

A inflação na Zona Euro abrandou dos 6,1% em maio para os 5,5% em junho, o valor mais baixo desde janeiro de 2022. Portugal registou a sétima taxa mais baixa na região.

Junho trouxe uma nova desaceleração acentuada nos preços na Zona Euro, com a taxa de inflação a cair para 5,5%, menos 0,6 pontos percentuais em relação a maio, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Eurostat.

Portugal registou a sétima taxa mais baixa entre os 20 países que partilham a moeda única, com os preços a apresentarem uma subida em termos homólogos de 4,7% — também aligeirando em relação ao registo de 5,4% do mês anterior.

A queda dos preços na energia (-5,6%) explica o abrandamento da inflação para mínimos desde janeiro de 2022, depois do pico atingido há um ano na sequência das sanções impostas pelo Ocidente à Rússia devido à invasão da Ucrânia.

Fonte: Eurostat

Tirando os preços da energia e dos alimentos, a inflação subjacente mostrou-se mais resistente na queda, com a taxa a ceder apenas 0,1 ponto percentual para 6,8% este mês e continua bem acima da meta do Banco Central Europeu (BCE) de 2%, dando pouca margem para travar a subida dos juros — o mercado antecipa uma nova subida das taxas de referência na reunião do próximo mês e também em setembro.

“A inflação subjacente vai continuar resiliente no resto do verão, devido a efeitos base, cimentando mais duas subidas dos juros pelo BCE em julho e setembro”, referiu Sebastian Vismara, economista da BNY Mellon IM.“Não ficaríamos surpresos em ver mais aumentos de juros depois de setembro. Neste ponto, é mais provável que as taxas ultrapassem 4%”, acrescentou.

À exceção dos Serviços, todos as componentes do índice de preços tiveram uma taxa mais baixa do que no mês anterior. A componente dos Produtos Alimentares, Álcool e Tabaco registou uma taxa de inflação de 11,7%.

Dentro da Zona Euro continuou-se a observar valores bastante distintos entre os Estados-membros: a Eslováquia registou a taxa mais elevada (11,3%) e o Luxemburgo registou a taxa mais baixa (1%).

(Notícia atualizada às 11h00)

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