“Não beneficiámos da inflação. Fomos vítimas da inflação”, garante CEO da Nestlé

Dependendo da evolução da inflação, as descidas de preços poderão ocorrer em 2024, aponta Mark Schneider, CEO mundial da Nestlé, que está de visita a Portugal.

A Nestlé não lucrou com a subida de preços, tendo também a multinacional sofrido com o impacto da subida da energia e das matérias-primas. “A nossa margem bruta desceu, o que significa que aumentámos menos o preço dos produtos do que a inflação”, disse Mark Schneider, CEO mundial da Nestlé, num encontro com jornalistas. “Não beneficiamos da inflação. Fomos vítimas da inflação”, diz. Descidas de preços, dependendo da evolução da inflação, só para 2024.

No ano passado, o impacto da inflação — a maior em 50 anos, como lembra o CEO — levou a multinacional a aumentar os preços dos produtos, à semelhança de outros gigantes, como a Unilever. No entanto, o gestor lembra que “não foram apenas as grandes empresas a aumentar preços”.

“Todas as companhias tiveram de aumentar os preços”, reajustando à subida dos preços da energia, das matérias-primas e na cadeia de abastecimento. Frisando, por outro lado, que, no caso da Nestlé, esse aumento foi feito com “responsabilidade”, com a companhia a absorver parte do aumento dos preços.

Nos resultados do ano passado, o crescimento da companhia foi mais impulsionado pelo aumento de preços. Mas, dependendo da evolução da inflação, a expectativa para 2024 é que haja um maior equilíbrio entre o mix de crescimento da companhia impulsionado pelos preços e volume de vendas.

“O meu entendimento é que esta isenção de impostos cobre um lote reduzido de produtos, não tendo um impacto direto na Nestlé”, reagiu o gestor sobre a decisão do Governo português de reduzir o IVA de um conjunto de mais de 40 produtos, escusando-se a fazer mais comentários sobre a intervenção do Executivo de António Costa na escalada de preços pela via fiscal.

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