Comércio internacional acentua queda. Exportações recuam 6,9% em maio

Comércio internacional continua a arrefecer. O INE destaca as quedas nas exportações de produtos farmacêuticos e nas importações de combustíveis e lubrificantes no mês de maio.

O comércio internacional voltou a arrefecer em maio. Nesse mês, as exportações de bens caíram 6,9% em termos nominais, enquanto as importações recuaram 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

O INE destaca a queda nas exportações de produtos farmacêuticos e nas importações de combustíveis e lubrificantes. “Neste último caso refletindo a descida do preço destes produtos nos mercados internacionais, mas também um efeito de base, dado que, em maio de 2022, tinha ocorrido a introdução no mercado de gás natural previamente sujeito ao regime de entreposto aduaneiro, com vista ao encerramento do entreposto de Sines, que fez aumentar de forma significativa as importações deste produto”, explica o gabinete de estatísticas.

No que diz respeito à variação homóloga das exportações, esta já tinha caído no mês passado mas antes disso já não recuava desde janeiro de 2021. Sobressai a queda nas exportações de fornecimento industriais, que foi de 25,1% face a maio de 2022.

Nesta categoria, destacam-se os produtos químicos para os Estados Unidos, “correspondentes, em grande parte, a transações após trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade), que no mês homólogo do ano anterior registaram um valor muito elevado”. Caíram também as exportações de combustíveis e lubrificantes.

“Em sentido contrário, salientam-se os aumentos nas exportações de Material de transporte (+23,5%), nomeadamente para França e Espanha, e de Máquinas e outros bens de capital (+16,9%)”, nota o INE.

Já nas importações, além do decréscimo de combustíveis e lubrificantes (-41,3%), verifica-se também um recuo nos fornecimentos industriais (-10,1%) e o acréscimo de material de transporte (+21,2%), principalmente automóveis para transporte de passageiros de Espanha.

Tendo em conta a queda mais acentuada das exportações, o défice da balança comercial piorou e atingiu 2.526 milhões de euros em maio. Isto representa agravamentos de 109 milhões de euros face ao mesmo mês de 2022 e de 332 milhões de euros face ao mês anterior.

No que diz respeito aos preços, os índices de valor unitário registaram variações de -2,3% nas exportações e -6,5% nas importações, sendo de salientar a queda dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais depois do disparo do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h35)

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