Mutares acredita que adiamento da assembleia de obrigacionistas da Efacec pode “conduzir a uma solução”

"Acreditamos que este prolongamento favorece o processo de reflexão que pode conduzir a uma solução capaz de viabilizar esta importante empresa”, disse ao ECO fonte oficial da Mutares.

A Mutares considera que o adiamento da assembleia de obrigacionistas da Efacec pode ser boa notícia por permitir uma maior reflexão sobre a proposta apresentada de um corte de 50% da dívida que vence em 2024, e “conduzir a uma solução”. O encontro, do qual está dependente o sucesso da operação de reprivatização, já não se vai realizar na próxima semana (a 7 de agosto), mas antes a 12 de setembro, já que foi entregue documentação adicional que requer tempo para ser analisada.

“Estamos certos de que o adiamento da assembleia geral de obrigacionistas cria as condições necessárias para que haja uma avaliação correta da situação que a Efacec enfrenta. Acreditamos que este prolongamento favorece o processo de reflexão que pode conduzir a uma solução capaz de viabilizar esta importante empresa”, disse ao ECO fonte oficial do fundo alemão.

A Mutares, escolhida pelo Governo para comprar os 71,73% da Efacec, sugere aos obrigacionistas que aceitem um corte de 50% da dívida que vence em 2024. Mas uma parte dos obrigacionistas apelou publicamente para que a proposta da fosse rejeitada. Um braço-de-ferro que parece assentar na ideia de que o Governo continuará a injetar dinheiro na empresa – cerca de dez milhões de euros por mês para assegurar a tesouraria e o financiamento da empresa –, caso não os obrigacionistas não aceitem o corte em cima da mesa.

A venda da Efacec à Mutares depende do sucesso deste haircut. Os bancos – junto dos quais a Efacec tem uma exposição de 150 milhões de euros, sendo que 85 milhões têm garantia de Estado – estão dispostos a aceitar o corte de dívida proposto pelo fundo alemão e a “trabalhar com a Mutares para o futuro da empresa”, numa base “construtiva”, como o ECO escreveu na semana passada.

Mas o processo só terá sucesso se os obrigacionistas aceitarem também o corte proposto. Se a oferta cair, o risco de insolvência aumenta e, nesse caso, os obrigacionistas perderiam a totalidade do investimento, 58 milhões de euros que vencem em 2024.

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