Regulador britânico aperta bancos que pagam juros baixos nos depósitos

Também as famílias britânicas se queixam da baixa remuneração que os bancos pagam pelas suas poupanças. FCA acabou de lançar 14 medidas para forçar as instituições a subir as taxas dos depósitos.

O tema dos juros (baixos) dos depósitos não é um exclusivo nacional. Também no Reino Unido as famílias se queixam de que os bancos podiam remunerar melhor as suas poupanças, tendo em conta o aumento das taxas de mercado no último ano e meio. O regulador financeiro britânico considera o mesmo. E acabou de lançar um conjunto de 14 medidas para forçar as instituições a subirem os juros dos seus depósitos.

Por exemplo, os bancos que oferecem as taxas de juro mais baixas nos depósitos vão ter de justificar até final do mês como as taxas que oferecem atualmente representam um valor justo para todos, incluindo os clientes, segundo o Direito do Consumidor que entrou esta semana em vigor.

Quem não conseguir ou souber justificar será alvo de medidas da parte da Financial Conduct Authority (FCA), o supervisor financeiro do Reino Unido.

O plano contempla mais 13 medidas. Os bancos terão de intensificar as suas comunicações junto dos seus clientes para divulgar quais são as outras alternativas de poupança com melhores remunerações e as melhores taxas disponíveis.

Por outro lado, quer também que as instituições financeiras sejam mais céleres a reverem as taxas dos depósitos quando ocorre uma alteração na taxa de referência de mercado e, a cada seis meses, a própria FCA publicará uma lista com as melhores e piores taxas de juro do mercado.

Este plano visa obrigar os bancos a serem mais rápidos a “repassarem” o aumento das taxas de juro para os depósitos. A FCA adianta que nove das maiores instituições de poupança repassarem apenas 28% do aumento da taxa básica para os seus depósitos de fácil acesso entre janeiro de 2022 e maio de 2023.

“Queremos um mercado competitivo que ofereça melhores negócios para os aforradores, onde as taxas de juros sejam revistas rapidamente após as mudanças na taxa básica e as empresas induzam as famílias a mudar para contas que pagam mais”, frisou Sheldon Mills, da FCA.

“Reconhecemos o progresso que foi feito até agora, mas precisa de ser acelerado. Usaremos o Direito do Consumidor para garantir que esse seja o caso”, acrescentou o responsável.

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