Lula quer Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Argentina nos BRICS

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

"Do ponto de vista mundial, eu acho que os BRICS podem ter um papel, eu diria, excecional", disse o Presidente brasileiro, que defendeu também uma moeda própria para fazer comércio na organização.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendeu esta quarta-feira a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Argentina nos BRICS, a pouco mais de duas semanas da cimeira da organização dos países emergentes, em Joanesburgo.

“Eu acho extremamente importante a Arábia Saudita entrar nos BRICS, acho extremamente importante os Emirados Árabes, se quiser entrar nos BRICS, entrar nos BRICS e também a Argentina”, afirmou o chefe de Estado brasileiro, num evento organizado no Palácio do Planalto, em Brasília, com a imprensa internacional.

O Presidente voltou a apelidar de “extremamente importante” permitir que outros países “que cumpram as exigências dos BRICS” entrarem para este grupo que integra Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Do ponto de vista mundial, eu acho que os BRICS podem ter um papel, eu diria, excecional”, frisou o Presidente brasileiro.

Na mesma ocasião, o Presidente brasileiro deixou ainda duras críticas ao trabalho do G7: “Espero que um dia as pessoas percebam que o jeito de discutir política no G7 está superado”, disse, defendendo que este grupo nem deveria existir depois de ter sido criado o G20. “As mesmas pessoas participam do G7 e do G20, então não sei para quê a continuidade”, sublinhou.

Lula da Silva voltou ainda a defender uma moeda própria para fazer comércio nos BRICS. “Por que o Brasil precisa de dólar para fazer comércio com a China? A gente pode fazer na nossa moeda. Por que o Brasil precisa de dólar para fazer comércio com a Argentina? A gente pode fazer nas nossas moedas”, afirmou o chefe de Estado brasileiro.

Ainda sobre os BRICS, Lula da Silva defendeu que estes devem ser mais generosos do que o Fundo Monetário Internacional e que devem “servir o desenvolvimento” dos países mais pobres. O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), constituído pelos BRICS, “deve ser mais generoso” e promover políticas financeiras que facilitem o caminho para acabar com “as grandes desigualdades” que existem no mundo, disse.

O Presidente brasileiro considerou ainda injusta a distribuição de riquezas no mundo e defendeu uma adesão mundial na luta contra a fome. “Há uma desigualdade visível na cara de todos nós. Como a gente combate isso? Essa é a tarefa que quero assumir e vai ser parte do meu discurso na ONU, nos BRICS, no G20. Vou levantar essa tese porque não é normal a gente tratar a desigualdade como normal”, referiu.

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