Exportações de componentes automóveis sobem 21% em 2023 e já superam os 6 mil milhões de euros

  • ECO
  • 10 Agosto 2023

As exportações de componentes automóveis estão a subir há 14 meses, contabilizando este ano mais de 6 mil milhões de euros, cerca de 21,1% acima do registado no mesmo período do ano passado.

As exportações de componentes automóveis aumentaram 20,1% em junho, face a igual período do ano passado, ultrapassando a fasquia dos 1.000 milhões de euros pelo segundo mês consecutivo, anunciou esta quinta-feira a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

Em comunicado, a AFIA adianta que este crescimento “representa uma subida pelo 14.º mês consecutivo, continuando a mostrar também um ritmo de crescimento superior às exportações nacionais de bens”, que neste período caíram 3,4%, “apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal”.

O bom momento do setor é visível nas vendas contabilizadas no primeiro semestre do ano. Segundo a AFIA, entre janeiro e junho, “as exportações de componentes automóveis ultrapassaram os 6.000 milhões de euros”, o que representa uma subida de 21,2% face aos primeiros seis meses de 2022. Esta dinâmica foi reforçada pelo comportamento registado no segundo trimestre, com as exportações de componentes automóveis a registarem um crescimento homólogo de 21,9%.

A associação realça ainda que “70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer a 5 países principais – Espanha, Alemanha, França e Eslováquia e, agora também o Reino Unido, substituindo os Estados Unidos da América neste top 5”.

Espanha continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, absorvendo cerca de 1.714 milhões de euros das vendas, seguida pela Alemanha (1.332 milhões de euros), França (662 milhões de euros), Eslováquia (263 milhões) e Reino Unido (237 milhões de euros). “Por outro lado, as exportações para os Estados Unidos da América registaram novamente uma queda, 18,9%”, nota a AFIA, referindo que este país ocupa agora a sexta posição.

“É importante destacar que a indústria de componentes automóveis tem mantido a sua resiliência e encontrado formas de se manter competitiva e enfrentar os desafios que se mantém ativos no panorama nacional e internacional, como o aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas, que afetam este e outros setores de atividade”, conclui.

A análise da AFIA tem como base os dados divulgados na quarta-feira pelo INE referentes ao comércio internacional de bens, que apontaram que as exportações portuguesas registaram uma diminuição de 3,4% em junho, enquanto as importações recuaram 7,6%. É o terceiro mês que recuam.

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