Fidelidade volta a ter quota de 30% do mercado no primeiro semestre

  • ECO Seguros
  • 10 Agosto 2023

Depois da queda verificada no princípio do ano, a Fidelidade relançou os seguros Vida de risco e recuperou mercado. A GamaLife mantém crescimento em contraciclo. Veja o ranking das seguradoras.

O mercado dos seguros em Portugal continua em decréscimo devido ao ramo Vida. Comparando os dados do primeiro semestre divulgados pela ASF de 2023 e 2022, a produção total baixou 4,2%, perto de 270 milhões de euros, ficando pouco acima dos 6 mil milhões de euros.

O conjunto dos ramos Não Vida cresceu produção em 10,4% de janeiro a junho quando a inflação homóloga foi de 4,7% e o crescimento do PIB de 2,7% no mesmo período. Por apurar fica qual a parte do crescimento que se deveu à subida dos preços dos prémios e qual a componente de subida por novas vendas.

O ramo Vida manteve movimento regressivo, no primeiro semestre caiu 18,2% perdendo 780 milhões de euros em vendas em relação ao ano passado. No entanto, o movimento parece estar a inverter com as ofertas em seguros poupança e investimento a começarem a garantir rendimento. A GamaLife tem o produto Super PPR 55+ em comercialização pela rede do Novobanco, dá garantias de capital, 1,3% de rendimento anual e, em conjunto com outros produtos Vida da companhia, levou a seguradora a faturar mais 102 milhões de euros, duplicando a quota de mercado em Vida e subindo três posições no ranking geral para oitavo lugar.

Nesta inversão positiva também está a Fidelidade, com um crescimento do primeiro semestre de 31% em produtos Vida não ligados a fundos, obtendo uma quota de 33% em Vida e 30% no ranking total. Também a BPI Vida e Pensões quase duplicou a produção neste segmento, enquanto as outras seguradoras Vida parecem estar a descansar na fraca oferta de juros pelos bancos para retardar o lançamento de produtos com garantias de capital e rendimento.

No entanto, há resultados no ramo Vida que destoam da queda generalizada de 18,2%. A Real Vida cresceu e ultrapassou os 3% de quota no ramo Vida Vida e entrou no top 5 do segmento dos seguros não ligados com 4,8% de quota. Lusitania Vida também cresceu. O Bankinter Vida ganhou sete lugares para 10º no segmento Vida não ligados ao triplicar a sua produção.

No lado das descidas em Vida, o Grupo Ageas Portugal não conseguiu que a subida da Ageas Vida em 7,2%, compensasse a baixa de vendas da Ocidental Vida em 46%. A Allianz baixou quatro lugares no ranking Vida com descida de quase 40% da produção, a UNA Vida desceu 75% de 143 para 35 milhões tudo em Seguros Não Ligados e Mapfre Vida caiu para metade.

Ramos Não Vida continuam a sua marcha acima do mercado

Os seguros gerais mantém um crescimento sólido de 10,4% em relação a igual período do ano passado, mesmo acima do somatório de inflação e crescimento do PIB em igual período. Isto significou vendas de mais 320 milhões de euros relativamente ao primeiro semestre de 2022.

Destacaram-se a Ageas seguros com subida de 12,9%, Caravela (18,7%), Aegon Santander Seguros (24%) e UNA Seguros (16,9%). As líderes Fidelidade e Tranquilidade mantiveram-se relativamente iguais quando comparados à produção de há um ano.

Nos principais ramos, como Acidentes de Trabalho (AT), a subida foi de 12,6%, mais 603 milhões de euros em vendas, com a Fidelidade na liderança – 29% de quota – e Tranquilidade com 27%. A Caravela cresceu 32,8% no negócio de AT neste primeiro semestre.

O ramo Saúde continua a crescer em volume de prémios. Foram mais 16,6% em relação a 2022, significando mais 123 milhões de euros de receitas. A Aegon Santander Seguros quase duplica vendas e ganha três lugares para sétimo, Asisa cresce 2,5 vezes, Planicare e Real Vida também ficam acima da média.

Em seguros de incêndio, onde se incluem as coberturas multirrisco, o crescimento foi de 8,6%, com a Caravela a subir 32% e em conjunto com Ageas seguros, Allianz, Zurich e Aegon Santander Seguros a ganharem quota à Fidelidade e Tranquilidade.

O ramo Automóvel cresceu 7,9% e, no top 10, sobem acima de média a Fidelidade, Tranquilidade, Ageas seguros, Allianz e Caravela.

O ranking dos maiores grupos e seguradoras é realizado com base em informação publicada pela ASF sobre as empresas de seguros que supervisiona. Os dados são tratados por ECOseguros, que também é responsável pela agregação das 61 companhias de seguros ativas no primeiro semestre de 2023 em 38 grupos ou seguradoras independentes.

Veja aqui o ranking:

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