Procura por transportes públicos ainda 1% abaixo do pré-pandemia
Procura por transportes públicos cresceu quase 30% face aos primeiros sete meses de 2022, mas houve menos 792 mil passageiros em relação ao período antes da pandemia.
À exceção do Metropolitano de Lisboa, os transportes públicos coletivos urbanos tutelados pelo Governo continuam a recuperar passageiros depois da descida acentuada devido à pandemia de Covid-19. De acordo com os dados provisórios divulgados esta sexta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), a procura cresceu 27% até 31 de julho face ao período homólogo de 2022, mas ainda está 1% abaixo em relação a 2019.
Entre janeiro e julho, a procura pelo Metropolitano de Lisboa, o Metro do Porto e a Transtejo/Soflusa correspondeu a um total de 149,019 milhões de passageiros, mais 31,761 milhões face aos primeiros sete meses do ano passado, mas menos 792 mil em relação ao mesmo período de 2019.
O Metro de Lisboa registou 92,15 milhões passageiros até julho, o que equivale a um aumento de 27% face aos primeiros sete meses de 2022. Contudo, é o único meio de transporte coletivo que ainda não recuperou em relação aos níveis pré-Covid-19, período face ao qual a procura se mantém 7% abaixo, com menos 6,484 milhões de passageiros.
No que diz respeito ao Metro do Porto e à Transtejo/Soflusa, que tiveram um total de 45,625 milhões e 11,244 milhões de passageiros, respetivamente, a procura aumentou em igual percentagem à do Metro de Lisboa na variação homóloga. O número de passageiros do Metro do Porto até julho superou em 14% a procura observada no mesmo período de 2019, enquanto a Transtejo/Soflusa ficou apenas 2% acima dos níveis anteriores à pandemia.
O Ministério indica também que, no quadriénio 2019-2022, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos.
Na Lei do Orçamento de Estado de 2023, à semelhança do OE2022, ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. “A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros, para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia”, enquanto “o PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022”, refere a tutela.
(Notícia atualizada às 16h33)
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