Só 16% dos candidatos ao ensino superior não foram colocados. Medicina com recorde de novos estudantes

Entraram 49.438 estudantes na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior, 84% dos candidatos. Medicina terá recorde de 1.595 novos alunos.

A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior terminou com 49.438 estudantes colocados, 84% dos que se candidataram, o que representa um crescimento de três pontos percentuais, indica um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Mais de metade conseguiu colocação na primeira opção.

O total de alunos colocados representa uma diminuição de 0,7% em relação à mesma fase do concurso de 2021. O que se deve à diminuição de 4% no número de candidatos, para 59.073.

Já a percentagem dos que conseguiram lugar tem vindo a crescer. “Entre 2021 e 2023 a taxa de colocação aumentou de 77% para 84%, o que demonstra um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”, assinala o ministério liderado por Elvira Fortunato.

Os resultados podem ser consultados no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) ou no portal das candidaturas online.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) também considera que os resultados demonstram que “as instituições, em particular as universidades, adaptaram bem a sua oferta aos desejos dos jovens estudantes que acabaram o ensino secundário e às necessidades do país”.

Os dados divulgados pelo MCTES indicam que 56% dos estudantes foram colocados na sua primeira opção de candidatura e 87% numa das três primeiras opções.

Medicina com número recorde de novos estudantes

Com 1.595 alunos colocados, mais 51 face ao ano anterior, os cursos de medicina terão a partir do ano letivo 2023-2024 um número recorde de novos estudantes. O que o ministério atribui ao “acréscimo de vagas sobrantes dos concursos especiais de ingresso em medicina para licenciados”. Nota ainda que já haviam ingressado 247 estudantes ao abrigo dos concursos especiais de ingresso em medicina para licenciados e ainda serão colocados os candidatos dos regimes especiais de acesso ao ensino superior.

O MCTES destaca também o aumento de 21% nos estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica nesta fase, que totalizaram 923, ocupando 97% das vagas disponibilizadas. “Nos últimos dois anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 45%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, destaca o ministério.

Das 54.363 vagas colocadas a concurso, sobraram 5.212 vagas para a segunda fase, uma diminuição de 1,4% face a 2022.

“É muito significativo verificar um menor número de vagas sobrantes, uma subida das colocações dos estudantes nas suas primeiras opções e, especialmente, um aumento da procura em cursos em que Portugal precisa de novas gerações de profissionais, como são as tecnologias de informação e a formação de professores”, afirma António Sousa Pereira, presidente do CRUP e reitor da Universidade do Porto.

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