EUA e China devem “fazer mais” para resolver problemas mundiais
"O presidente Biden pediu-me para vir cá transmitir a mensagem de que não queremos uma dissociação", disse a Secretária do Comércio dos EUA durante a visita à China.
A secretária do Comércio norte-americana, Gina Raimondo, considerou esta terça-feira num encontro em Pequim com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que EUA e China devem “fazer mais, juntos” para resolver os problemas mundiais.
“Creio que o mundo espera que façamos mais, juntos, para resolver estes problemas”, disse Raimondo, depois de apontar como assuntos que suscitam a preocupação mundial “alterações climáticas, inteligência artificial ou a crise do fentanil”. A responsável norte-americana disse ainda “concordar que as relações comerciais podem ser um pilar nas relações” entre os dois países.
“O presidente Biden pediu-me para vir cá transmitir a mensagem de que não queremos uma dissociação. Procuramos manter a nossa relação comercial com a China, que representa 700 mil milhões de dólares”, acrescentou. Li Qiang respondeu a Raimondo que a “politização” das questões comerciais pelos Estados Unidos teria “um impacto desastroso”, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
Estas declarações foram feitas no terceiro dia da visita de Raimondo à China, numa altura em que os dois países tentam atenuar a tensão bilateral com vários encontros de alto nível nos últimos meses. Gina Raimondo é a quarta dirigente norte-americana a deslocar-se este ano à China, após a visita em junho do secretário de Estado, Antony Blinken, da secretária do Tesouro, Janet Yellen, que esteve no país em julho, e do enviado para as questões do clima, John Kerry.
Na segunda-feira, após um encontro entre Raimondo e o seu homólogo chinês, Wang Wentao, Pequim e Washington concordaram em criar um grupo de trabalho para tentar resolver os diferendos comerciais. A visita à China da secretária do Comércio dos Estados Unidos termina na quarta-feira.
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