BCE subiu por unanimidade taxas de juro em julho

  • Lusa
  • 31 Agosto 2023

As atas da última reunião do BCE revelam que “todos os membros apoiaram o aumento de 25 pontos base da taxa de juro proposto por Philip Lane”, o economista-chefe da instituição.

O BCE aprovou por unanimidade o aumento das taxas de juro em 25 pontos base na reunião de julho, para baixar a inflação na zona euro, e considerou que a decisão de setembro vai depender dos dados. As atas da reunião do Banco Central Europeu (BCE), publicadas esta quinta-feira, revelam que “todos os membros apoiaram o aumento de 25 pontos base da taxa de juro proposto por Philip Lane”, o economista-chefe do BCE.

Ainda assim um membro do Conselho de Governadores do BCE manifestou preferência por não aumentar os juros, devido ao risco de transmissão à economia real ser mais forte do que o previsto. A taxa de facilidade de depósito está atualmente fixada em 3,75%, a taxa de juro das principais operações de refinanciamento em 4,25%, e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 4,5%.

O BCE aumentou as taxas de juro em 425 pontos base desde julho do ano passado, o ciclo de subida das taxas de juro mais rápido da história da zona euro. Segundo as atas, o Conselho do BCE enfatizou na reunião do final de julho que as decisões sobre as taxas de juro deveriam ser tomadas com base em dados económicos e em cada reunião devido à elevada incerteza.

Os membros do Conselho de Governadores concordaram em grande parte que antes da reunião de setembro não deveriam sugerir um novo aumento nas taxas de juro, nem uma pausa nos aumentos, nem que o nível máximo já foi atingido. Uma maior restrição da política monetária, ou seja, mais aumentos do preço do dinheiro, devem ser analisadas em cada reunião, de acordo com os dados económicos disponíveis e tendo em conta uma gestão de risco que pondere os riscos relevantes, considerou o BCE.

Alguns membros do Conselho do BCE foram a favor de um novo aumento das taxas de juro em setembro, para reduzir a inflação para a meta de 2%, especialmente se a inflação não cair tão rapidamente como esperado. “Seria necessário um novo aumento das taxas de juro em setembro se não houvesse provas convincentes de que o efeito da restrição acumulada não foi suficientemente forte para reduzir a inflação subjacente”, pode ler-se na ata.

Alguns membros do BCE consideraram que poderá ser difícil reduzir a inflação para o objetivo, uma vez que o efeito sobre a inflação de choques anteriores sobre a oferta externa tenha desaparecido e as pressões internas sobre os preços tenham começado a pesar mais.

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