PIB cresceu 2,3% no segundo trimestre em termos homólogos mas estagnou em cadeia

O PIB português registou uma variação nula face aos primeiros três meses do ano. Exportações penalizaram desempenho, enquanto o consumo das famílias fez de contrapeso.

A economia portuguesa cresceu 2,3% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado, mas a variação foi nula face ao trimestre anterior, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, que confirmam a estimativa anterior. As exportações pesaram no crescimento, mas a procura interna acabou por contrabalançar.

Em ambas as comparações, são as exportações que pesam no resultado. Na comparação homóloga, observa-se que o contributo positivo da procura externa líquida diminuiu para 1,4 pontos percentuais, devido à “desaceleração das Exportações de Bens e Serviços em volume mais acentuada que a das Importações de Bens e Serviços”.

Por outro lado, a procura interna contribuiu mais para a variação positiva. Olhando para as componentes deste indicador, verificou-se uma ligeira desaceleração do consumo privado, enquanto o consumo público cresceu 1,1% face ao período homólogo e o investimento diminuiu 0,6%.

Já entre trimestres, “o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo no 2º trimestre (-0,4 p.p.), após ter sido positivo no 1º trimestre (2,3 p.p.), em consequência da diminuição das exportações, enquanto o contributo da procura interna foi positivo, passando de -0,7 p.p. no 1.º trimestre para +0,4 p.p., refletindo a aceleração do consumo privado e uma diminuição menos intensa do investimento”, indica o INE.

Foram assim as famílias a ajudar no desempenho da economia, ainda que não tenha sido suficiente para evitar a estagnação em cadeia. “Face ao 1º trimestre, as despesas de consumo final das Famílias Residentes aumentaram 0,6% (variação em cadeia de 0,2% no trimestre anterior), verificando-se um aumento de 0,7% nas despesas em bens não duradouros e serviços, enquanto a componente de bens duradouros registou uma taxa de variação em cadeia nula (8,0% no 1º trimestre)”, indica o INE. Já o investimento total diminuiu 0,5% quando comparado com o 1º trimestre de 2023.

O gabinete de estatísticas disponibiliza ainda dados relativos à produtividade, que mostram que “no 2º trimestre, a produtividade medida pelo rácio entre o PIB em volume e o número de pessoas empregadas aumentou 0,9% em termos homólogos, menos 1,3 p.p. que no trimestre anterior”. Por outro lado, “a produtividade medida com base no número de horas trabalhadas registou uma variação homóloga de -0,1%, após um aumento de 1,4% no 1.º trimestre”.

(Notícia atualizada às 11h45)

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