Media

Rádio Comercial faz rebranding. “Mais do que um logótipo é um movimento estratégico”, conta Pedro Ribeiro

Carla Borges Ferreira,

Áudio, e não rádio, será a palavra-chave a curto/médio prazo. "Estão a acontecer muitas coisas, mas está tudo muito por fazer na criação de mercado", acredita Pedro Ribeiro, diretor da Comercial.

A Rádio Comercial vai ter, a partir desta segunda-feira, uma nova identidade gráfica e também novos jingles. Assinado pela DJ – de João Pacheco e Diogo Anahory –, o novo logótipo “não é uma revolução mas uma evolução“, conta ao +M o diretor da estação, Pedro Ribeiro.

O logótipo mantinha-se igual desde 2010. “Achamos que estava na hora de modernizar a imagem gráfica, mas mantendo o smile, um ativo absolutamente identitário da Comercial”, prossegue. Na assinatura, “Em casa, no carro, em todo o lado”, não há alterações. “Hoje ainda é mais válida do que na altura, em 2015 ou 2016. Foi um bocado premonitório”, olha a esta distância Pedro Ribeiro, que com esta nova imagem pretende assinalar um “movimento estratégico”.

“Queremos ter a marca líder na rádio, mas mais do que isso no áudio. O negócio do áudio está em franca expansão e queremos que a Comercial seja líder no áudio. Não me faz sentido que não lidere ou que não esteja na luta pela liderança”, prossegue o responsável.

Neste novo mundo, do áudio e não só da rádio, a concorrência é maior. Pedro Ribeiro dá o exemplo de marcas que não são do áudio e estão a dar passos importantes neste campo, como o Expresso e o Observador, mas também de protagonistas de per si, de “estrelas que nasceram e vão nascer nos podcast”.

Estão a acontecer muitas coisas, mas está tudo muito por fazer na criação de mercado. O conteúdo já existe, mas falta perceber o seu valor comercial e tentar monetizá-lo”, prossegue, vendo este como um grande desafio do mercado, tanto para meios como para anunciantes. “Não há tabelas, não há regras, não há cadeia de valor. Queremos ajudar a criar esse mercado”, frisa.

Com cerca de 50 títulos de podcast, uns que derivam da antena e outros criados de raiz, Pedro Ribeiro vai colocar em antena dois desses formatos, que vão passar a ser programa aos domingos, o “Ouvir falar de amor”, de Vanessa Cruz, e “Debaixo da língua”, de Rui Maria Pêgo.

“Queremos mesmo construir mercado, cruzar os universos e as pessoas que, de muitas formas diferentes, ouvem áudio”.

O caminho está a ser feito enquanto caminhamos. Do ponto de vista dos anunciantes também é um caminho novo e os consumidores é que vão determinar o timing. Tem a ver com novos hábitos que se criam”, acredita Pedro Ribeiro.

O meu ponto é que não quero arriscar a que uma marca como a Rádio Comercial se distraia e aconteça o que aconteceu à Kodak ou à Nokia. Vivo obcecado com isso, em manter a relevância, a importância”, confessa.

Para além da aposta nos podcast, o reforço das marcas temáticas de rádio também faz parte dos planos. Atualmente com nove estações, a curto prazo será lançada a Comercial Comédia, uma estação na qual, 24 sobre 24 horas, vão ser emitidos todos os conteúdos humorísticos da Rádio Comercial, desvenda. Também aqui, “há muito caminho por fazer”, diz Pedro Ribeiro. A Comercial Dança, Comercial Rock e Comercial Portugal são, dos nove projetos, os que apresentam melhor desempenho.

Os eventos, já com tradição na marca, também vão ser reforçados. “Vamos apostar muito nesse lado do negócio, vamos lançar mais eventos”, diz. “A abordagem tem que ser 360. Vamos ter uma nova temporada de programação, mas mais do que isso, é uma mudança de paradigma”, resume.

Em antena, uma das novidades é Marta Campos assumir o horário entre as 11h e 13h. “A Marta é a mais nova da equipa, é um momento simbólico de rejuvenescimento”, descreve Pedro Ribeiro

A Comercial vai também estrear um pacote de jingles produzidos em Nova Iorque pela Reel World. O rebranding vai incluir uma campanha multimeios, em TV, Out-of-home e digital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.