Finanças já receberam avaliações preliminares à TAP e aguardam versão final

A EY e o Banco Finantia ainda não entregaram os relatórios finais com a avaliação da companhia aérea no âmbito da reprivatização, mas já existem versões preliminares.

A Parpública ainda não recebeu os relatórios finais com a avaliação da TAP pedida no âmbito do processo de reprivatização da companhia aérea, apurou o ECO. Já existem versões provisórias, mas os pedidos de informação da EY e do Banco Finantia continuam. A expectativa é que o processo esteja concluído este mês.

O Conselho de Ministros aprovou no final de abril a resolução que mandata a Parpública para solicitar a realização de duas avaliações independentes à transportadora aérea, conforme prevê a legislação sobre as privatizações. A 4 de julho a entidade que gere as participações do Estado selecionou a consultora EY e o Banco Finantia para a tarefa.

Ao que o ECO apurou, as duas entidades necessitaram de pedir informação adicional à Parpública, que por sua vez é responsável por “todos os contactos com o conselho de administração” da TAP, como determina a resolução. Já existem esboços e versões preliminares, mas nem a EY nem o Finantia entregaram ainda o relatório final. A expectativa é que aconteça este mês.

O ECO questionou a EY, o Banco Finantia e as Finanças, mas até ao momento ainda não obteve resposta. A Parpública respondeu que não faz comentários sobre o tema.

Só depois de ter na mão as avaliações é que o Governo irá avançar para a aprovação do decreto de reprivatização em Conselho de Ministros. A apresentação do Orçamento do Estado para 2024 pode mexer com o calendário, tendo em conta que já falta menos de um mês.

A última avaliação conhecida da transportadora data de junho de 2019, quando o Deutsche Bank a avaliou num intervalo entre 637 e 1.035 milhões de euros no âmbito do processo para a dispersão de capital em bolsa, que não chegou a ir em frente. Antes, na reprivatização de 2015, a PwC e a Deloitte avaliaram a TAP entre 34 milhões negativos e 512 milhões negativos.

A TAP apresentou os resultados do primeiro semestre a 30 de agosto, fornecendo novos dados essenciais para a avaliação. A companhia aérea chegou a junho com um lucro de 22,9 milhões de euros, um recorde para os primeiros seis meses do ano.

O CEO da TAP apontou para a continuação dos bons resultados. Luís Rodrigues, que não apresentou os resultados em conferência de imprensa, salienta em comunicado que “a procura continua forte com as reservas para os próximos trimestres a atingirem valores consideráveis, indiciando um segundo semestre intenso para o qual a TAP estará preparada”.

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