EY e Banco Finantia vão avaliar a TAP na privatização

A consultora EY e o Banco Finantia foram as entidades selecionadas pela Parpública para fazerem as duas avaliações independentes à TAP, no âmbito da privatização.

A Parpública selecionou a consultora EY e o Banco Finantia para realizarem as duas avaliações independentes à TAP. Este é um dos elementos necessários para avançar com a reprivatização da companhia aérea.

A realização das avaliações foi aprovada a 27 de abril pelo Conselho de Ministros, naquele que foi o primeiro passo para a operação que o Governo quer fechar este ano. O próximo será a aprovação do decreto-lei de reprivatização, que o ministro das Finanças apontou para o mês de julho.

A última avaliação conhecida da transportadora data de junho de 2019, quando o Deutsche Bank a avaliou num intervalo entre 637 e 1.035 milhões de euros no âmbito do processo para a dispersão de capital em bolsa, que não chegou a ir em frente. Antes, na reprivatização de 2015, a PwC e a Deloitte avaliaram a TAP entre 34 milhões negativos e 512 milhões negativos.

Fernando Medina afirmou na comissão parlamentar de inquérito à TAP que o diploma vai definir “critérios de natureza estratégica para o país” e que “privilegiem o papel da TAP enquanto motor importante do crescimento económico”. O que passa pela “manutenção da hub em Lisboa, pela manutenção de uma companhia com autonomia própria e um projeto de desenvolvimento da companhia e da sua expansão”. O primeiro-ministro, António Costa, também já deixou claro que o Estado irá manter uma participação no capital da transportadora.

Os interessados na TAP há vários meses que se vêm a perfilar. O CEO do grupo IAG, dono da British Airways e da Iberia, esteve o mês passado em Lisboa numa operação de charme para preparar a corrida à reprivatização, como avançou o ECO. Luis Gallego reuniu com responsáveis de várias entidades, como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, com o objetivo de desmistificar a ameaça de Madrid ao aeroporto de Lisboa.

Os dois outros principais interessados na operadora aérea portuguesa são a Lufthansa e do grupo Air-France – KLM. A companhia alemã assumiu, durante a apresentação dos resultados de 2022, no início de março, que os alvos mais interessantes para fusões e aquisições na Europa são a TAP e a ITA, estando a negociar com o governo italiano a aquisição de 40% do capital desta última. No mês passado, a Air France – KLM respondeu ao ECO que avança para a transportadora nacional se o modelo de privatização for “atrativo“.

(notícia atualizada às 16h10)

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