PSD vai abster-se na moção de censura do Chega ao Governo. Liberais votam a favor e o PCP contra
Luís Montenegro classifica moção de censura do Chega ao Governo como "uma criancice e uma infantilidade" e manda deputados abster-se na votação. Iniciativa Liberal vai votar a favor e o PCP contra.
O presidente do PSD transmitiu esta quinta-feira aos deputados que o partido vai abster-se na moção de censura do Chega ao Governo, que classificou como “uma criancice e uma infantilidade”.
“Nós não somos o partido das moções, somos o partido das soluções”, afirmou Luís Montenegro na reunião do grupo parlamentar do PSD, na qual participa, de acordo com relatos feitos à Lusa do encontro que decorre à porta fechada.
Nós não somos o partido das moções, somos o partido das soluções.
A moção do Chega vai ser formalizada na sexta-feira, primeiro dia da segunda sessão legislativa, e deverá ser debatida e votada na próxima terça-feira.
Apesar de reconhecer que esta moção de censura do Chega é “mais uma manobra de distração e de comunicação”, como disse ao Público a deputada Patrícia Gilvaz, a Iniciativa Liberal vai votar a favor da iniciativa.
“Face ao panorama atual do país, ao contexto socioeconómico, à falta do poder de compra, ao degradar das condições de vida dos portugueses, temos de continuar ao lado dos cidadãos e votar a favor da censura ao Governo”, argumentou a parlamentar eleita pelos liberais nas últimas eleições legislativas.
Face ao contexto socioeconómico, à falta do poder de compra, ao degradar das condições de vida dos portugueses, temos de continuar ao lado dos cidadãos e votar a favor.
À esquerda, o PCP anunciou esta manhã que vai votar contra a moção de censura do Chega ao Governo, considerando que desprestigia o recurso a este instrumento constitucional e que a iniciativa se insere numa disputa “entre a direita”.
“Representa até a utilização desprestigiante de um instrumento. É suposto a moção de censura ser um instrumento de urgência que é debatido nos três dias parlamentares seguintes. Neste caso, essa moção de censura já foi anunciada há meses como forma de acertar posições entre a direita. Portanto, não serve os interesses dos portugueses”, justificou a deputada comunista Alma Rivera.
Moção foi anunciada há meses como forma de acertar posições entre a direita. Portanto, não serve os interesses dos portugueses.
Depois de ter anunciado em julho, no final de uma audiência com o Presidente da República, a intenção de voltar a censurar o Governo na nova sessão legislativa, a atual terceira maior força política no Parlamento concretizou os planos nesta rentrée política. “Este país socialista vai acabar cedo ou tarde”, declarou André Ventura, frisando que esta iniciativa é “o primeiro passo para o fazer”.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h45)
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