Taxa de juro dos novos créditos à habitação sobe para 4,331%. É a mais elevada desde abril de 2012

A subida das taxas Euribor em agosto elevou a taxa de juro dos novos empréstimos à habitação para o valor mais elevados em mais de 11 anos. Atualmente, 57% da prestação da casa são juros.

Está cada vez mais caro comprar casa nova. A contínua subida das taxas Euribor, que servem de referência à maioria dos créditos à habitação, reflete-se em taxas de juro do crédito à habitação cada vez mais elevadas.

Foi isso que voltou a suceder em agosto, com os contratos celebrados nos últimos três meses a serem celebrados com uma taxa de juro média de 4,331% face a 4,173% em julho, que se refletiu no valor mais elevado desde abril de 2012, segundo informação divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE revela ainda que “a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 4,089% em agosto, o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 21,1 pontos base (p.b.) face a julho (3,878%).”

De acordo com cálculos do INE, a prestação média da totalidade dos empréstimos à habitação fixou-se em 379 euros em agosto, mais 9 euros que em julho e mais 111 euros que em agosto de 2022, o que traduz um aumento homólogo da prestação da casa de 41,4%.

Nos novos contratos, celebrados há menos de três meses, o valor médio da prestação subiu para 623 euros em agosto, mais 19 euros face a julho, e mais 178 euros face a agosto de 2022, que espelha um aumento homólogo de 40%.

Os dados revelados esta terça-feira pelo INE revelam também que a contínua subida das taxas de juro levou a que, em agosto, na composição da prestação dos créditos à habitação, a parcela relativa a juros volta-se a superar a componente de amortização de capital. Segundo o INE, 57% da prestação média da totalidade dos empréstimos à habitação tem como destino o pagamento de juros, que compara com uma parcela de 19% há um ano.

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