Bank of England: seguradoras vida vão divulgar resultados individuais

O Bank of England (BoE) anunciou que vai utilizar os seus novos poderes para publicar os resultados individuais das seguradoras de vida no seu próximo teste de resistência ao setor dos seguros, em 2025. Até agora, o Banco de Inglaterra só podia publicar resultados agregados para o seu exame de saúde das seguradoras de vida e de seguros gerais, em contraste com os resultados de outros bancos, que publicam dados relativos a testes de resistência regulares para os bancos, que são analisados por analistas e investidores.

Gareth Truran, diretor de política prudencial do BoE, afirmou que os resultados individuais constituirão uma “grande mudança” para as seguradoras de vida e que é necessário garantir que os resultados possam ser devidamente compreendidos, dada a sua potencial sensibilidade. O Banco pretende publicar mais pormenores sobre a sua nova abordagem em matéria de testes de resistência no primeiro semestre do próximo ano e convida à apresentação de comentários. “A nossa expectativa é que o primeiro dos novos testes de esforço seja lançado no primeiro trimestre de 2025, com a publicação no quarto trimestre desse ano”, afirmou Truran, em discurso.

A partir do final deste ano será implementada uma reforma das regras de capital “Solvência II” no setor dos seguros. “Para este próximo exercício, dado o volume de reformas em curso, tanto para nós como para as empresas, ao longo do próximo ano, esperamos que a divulgação individual dos resultados das maiores seguradoras de vida seja uma das alterações mais significativas em relação ao nosso último teste de esforço em 2022”, afirmou o diretor. “Em segundo lugar, para as seguradoras gerais, a nossa abordagem à divulgação para o nosso próximo teste de stress permanecerá, como antes, numa base agregada – mais pormenores serão definidos no próximo mês”, acrescentou o líder.

No ano passado, a EIOPA, a autoridade de supervisão dos seguros da União Europeia, afirmou que os resultados do seu próprio teste de resistência das seguradoras deveriam ser tornados públicos também numa base de empresa a empresa, em vez de serem atualmente divulgados numa base agregada.