Aeroporto em Rio Frio não é “uma ameaça”, diz Rios de Amorim
"Estabelecer um aeroporto naquilo que é o maior aquífero da Península Ibérica, a maior mancha de montado de Portugal, um corredor de passagem de fauna, não nos pareceu que fosse uma ameaça."
A Corticeira Amorim vai investir cerca de dez milhões de euros em Rio Frio no próximo mês. É a primeira fase de um projeto que prevê plantar mais de um milhão de sobreiros nos primeiros anos, usando uma nova técnica que permite antecipar a primeira extração de cortiça. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), António Rios Amorim não vê a possibilidade de vir a ser criado um aeroporto naquela localização como uma ameaça.
“Estabelecer um aeroporto naquilo que é o maior aquífero da Península Ibérica, a maior mancha de montado de Portugal, um corredor de passagem de fauna entre os estuários do Sado e do Tejo, não nos pareceu que isso fosse sequer uma ameaça“, disse o presidente executivo da Corticeira Amorim.
A corticeira já atingiu a neutralidade carbónica – a fileira da cortiça emite cerca de 250 mil toneladas, mas captura quase cinco milhões de toneladas de CO2 – e isso cria uma nova oportunidade de negócio: a venda de créditos de carbono. “A Corticeira só recentemente é proprietária de montando e os créditos de carbono não existem para os povoamentos já existentes, só para novas plantações”, explicou o CEO. “Vamos ter a possibilidade de vender esses créditos de carbono”, disse.
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