Costa descarta novo travão nas rendas igual ao deste ano

  • Ana Petronilho
  • 2 Outubro 2023

O chefe do Executivo diz que a solução será "de equilíbrio entre os 2% (travão deste ano) e os 6,95% (valor do aumento previsto para o ano)".

O primeiro-ministro anunciou que em 2024 o travão à atualização das rendas será diferente à medida adotada este ano, que limitou o aumento a um máximo de 2%.

“A fórmula para o próximo ano não será exatamente igual à deste ano”, mas o Governo “está a conversar com os inquilinos e os proprietários para encontrar uma medida para repartir o esforço entre os proprietários, os inquilinos e o Estado para garantir que nenhuma família fique sem condições de pagar a casa onde habita”.

Sem avançar detalhes, o chefe do Executivo diz que a solução será “de equilíbrio entre os 2% (travão deste ano) e os 6,95% (valor do aumento previsto para o ano)”, disse em entrevista à CNN Portugal no programa Town Hall.

António Costa lembrou ainda as conversações com os inquilinos e os senhorios continuam a decorrer, sublinhando que “não se pode pedir aos proprietários que ponham mais casas no mercado e quebrar a confiança ao limitar a atualização” às rendas. Questionado pela falta de habitação, o primeiro-ministro assumiu “frustração” com as medidas tendo em conta que “a realidade tem avançado mais depressa do que o conjunto medidas”, frisando que a execução tem de “andar mais depressa”.

“Tenho bastante frustração por a realidade ter sido muito mais dinâmica do que a capacidade de resposta política”, assume. O primeiro-ministro diz que “há que aumentar a resposta pública mas também criar mecanismos para pôr casas fechadas no mercado”.

Ainda assim, o chefe do Executivo salienta que “as políticas não começam pelo telhado, mas pelas fundações” e que em 2018 que foi apresentada a “estratégia de uma nova política de habitação” com verbas negociadas em Bruxelas “para a executar”, com o PRR a financiar 32 mil fogos.

O chefe do executivo foi entrevistado pela CNN Portugal, sendo confrontado em direto com um conjunto de perguntas sobre os temas que estão na ordem do dia, do arranque do ano escolar aos problemas na habitação e ao novo modelo para o Serviço Nacional de Saúde. Várias questões também foram feitas a partir da plateia, composta por um grupo de cidadãos selecionados pela GfK representativos de diferentes estratos sociais e profissões, diferentes idades e zonas do país. A este grupo de cidadãos, juntaram-se alunos e professores do ISEG.

 

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