Banco de Portugal revê em baixa crescimento do PIB para 2,1% este ano e prevê inflação de 3,6% em 2024

Este abrandamento é explicado pelo "menor dinamismo nos principais parceiros comerciais, os efeitos cumulativos da inflação e a maior restritividade da política monetária".

Após um verão de previsões animadoras para a economia portuguesa, os números começaram agora a mudar. O Banco de Portugal reviu em baixa as projeções para o crescimento do PIB este ano de 2,7% para 2,1%, devido ao comportamento das exportações e do consumo privado. Já a inflação foi revista em alta para 5,4% em 2023.

Segundo o Boletim Económico de outubro, divulgado esta quarta-feira, a economia portuguesa “deverá crescer a um ritmo inferior ao potencial no horizonte de projeção, com taxas de variação do PIB de 2,1% em 2023, 1,5% em 2024 e 2,1% em 2025″. Os números para os próximos dois anos foram também revistos em baixa.

Este abrandamento é explicado pelo “menor dinamismo nos principais parceiros comerciais, os efeitos cumulativos da inflação e a maior restritividade da política monetária, que implicou um agravamento das condições financeiras na área do euro e em Portugal”, explica a instituição liderada por Mário Centeno.

Já a inflação, medida pela variação do Índice harmonizado de preços no consumidor, deverá ser de 5,4% em 2023, uma revisão em alta face aos 5,2% estimados em junho, recuando para 3,6% em 2024 e 2,1% em 2025. Esta revisão “decorre da componente energética, refletindo a revisão da hipótese para o preço do petróleo”, indicam.

No que diz respeito ao investimento, o BdP nota que “deverá desacelerar em 2023, para um crescimento de 1,5%, num quadro de financiamento mais oneroso e abrandamento da procura global”. Já nos próximos dois anos deverá crescer 5%, “potenciadas pela aceleração da procura global e da execução dos fundos europeus”.

Para o mercado de trabalho, as perspetivas são mais animadoras. O BdP prevê que “deverá manter uma evolução favorável, com mais emprego e ganhos reais dos salários”. Já a taxa de desemprego deverá ser de 6,5% este ano, 6,7% no próximo e 6,9% em 2025.

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