Tribunal a favor da WTW: Asterra Partners pode ter sido desleal

Condutas dos antigos membros da administração Willis, hoje sócios da Marsh na Asterra, foram consideradas contrárias às da boa-fé e de perturbar o bom funcionamento da WTW.

O Tribunal Provincial de Madrid deu “provimento parcial ao recurso” interposto pelo grupo Willis, atualmente denominado WTW, no seu litígio contra a Asterra Partners, invocando concorrência desleal e condutas contrárias à boa-fé, avançou o Boletín Diario de Seguros (BDS) espanhol, citando o grupo.

O órgão judicial considerou que três antigos membros do conselho administrativo da WTW, juntamente com a corretora que fundaram após abandonar o grupo, Asterra Partners, “incorreram em práticas de concorrência desleal”, escreve o boletim espanhol, citando o comunicado da sociedade liderada por Ivén Sainz.

Alberto Gallego, Jaime Castellanos e Antón Serrats, são os antigos membros mencionados no comunicado, que foram, respetivamente, o antigo CEO, antigo presidente e antigo vice-presidente da WTW. Atualmente, são sócios e ocupam funções executivas na Asterra, adiantou o jornal espanhol elEconomista.

Em causa estão condutas vistas pelo órgão de soberania como contrárias às da boa-fé e também a influência dos antigos executivos da WTW sobre os trabalhadores da corretora, induzindo-os a “rescindir os seus contratos de trabalho, com grave perturbação do funcionamento da WTW” e a “violar os deveres contratuais básicos que tinham contraído com a WTW”, escreveu o jornal espanhol, citando o comunicado.

Na mesma deliberação, o tribunal reconheceu que os antigos administradores violaram os seus deveres de lealdade para com a WTW, através dos quais adquiriram vantagens concorrenciais, das quais tiraram partido.

O litígio pode ainda não ter terminado, uma vez que a WTW irá averiguar as próximas etapas e menciona a “possibilidade de intentar uma ação judicial”, lê-se no elEconomista.

Início do conflito

A divergência entre a Willis e os antigos funcionários começou quando os últimos abandonaram a corretora, motivados pelo anúncio que esta ia ser adquirida pelo rival Aon – operação frustrada “por condições regulamentares”.

Em 2020, Gallego, Serrats e Castellanos fundaram a Deasterra Partners, atualmente denominada por Asterra Partners. Esta ação acompanhada por polémicas, uma vez que a Willis lança várias acusações sobre executivos, como, por exemplo, o estabelecimento da “nova corretora utilizando informação privilegiada”, indica o jornal vozpopuli.

O processo não termina aí. O segundo maior acionista da Asterra, Marsh & McLennan International, que controla 40% do capital da corretora, também está envolvida na ação judicial – é acusada de apoiar os antigos funcionários da Willis “no lançamento do projeto”, lê-se na vozpopuli.

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