Sonae vende participação na dona da SportZone com mais-valia de 168 milhões de euros

Grupo liderado por Cláudia Azevedo conclui venda da participação de 30% na Iberian Sports Retail Group por 300 milhões de euros. Mais-valia será registada nos resultados do último trimestre do ano.

A Sonae anunciou esta quarta-feira a conclusão da venda à JD Sports da “totalidade da sua “participação de 30% menos 1 ação” detida na Iberian Sports Retail Group (ISRG), confirmando ter recebido um montante total de 300 milhões de euros, gerando uma mais-valia de 168 milhões de euros, a qual será registada nos seus resultados consolidados no quarto trimestre de 2023”.

“Esta operação não impacta o volume de negócios consolidado nem o EBITDA subjacente da Sonae, uma vez que a ISRG era consolidada através do método da equivalência patrimonial nas contas da Sonae. Nos 12 meses anteriores a 30 de junho de 2023, a contribuição da ISRG para o EBITDA consolidado da Sonae (pelo método da equivalência patrimonial) ascendeu a 19 milhões de euros”, acrescenta num comunicado enviado à CMVM.

Em julho, o grupo liderado por Cláudia Azevedo tinha anunciado a saída da aliança de moda desportiva da qual faz parte a Sport Zone, tendo estimado então uma mais-valia superior (175 milhões de euros). Os espanhóis da Balaiko também abandonam o capital da ISRG, que passa agora a ser controlada na totalidade pelos britânicos do grupo JD, que já detinham a maioria.

Anunciada em setembro de 2017 e iniciada em janeiro de 2018, a aliança ISRG contava com três acionistas: os britânicos do JD Group (donos das lojas JD), com 50%; a portuguesa Sonae (dona da Sport Zone), com 30%; e a família Segarra (espanhóis da Balaiko, donos da Sprinter), com os restantes 20%.

Os britânicos do JD Group anunciaram a compra da posição aos acionistas minoritários, avaliando a aliança em mil milhões de euros. No início de maio, o grupo JD anunciou que pretendia centrar-se nos negócios de retalho desportivo casual, levando a um pedido de clarificação de portugueses e espanhóis: ou vendiam a posição ou compravam as ações detidas pelo grupo britânico.

Sediada na Maia, a dona do Continente fechou o primeiro semestre com um lucro de 69 milhões de euros, menos 41,6% do que no mesmo período do ano anterior. O volume de negócios cresceu 12% para 3,83 mil milhões, mas a margem de rentabilidade caiu ligeiramente devido ao aumento dos custos.

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