Governo admite “reflexão profunda” sobre patrocínios das casas de apostas no futebol português
Secretário de Estado do Desporto admite "reflexão profunda" sobre a dependência do futebol português da publicidade das casas de apostas. Espanha, Itália e Inglaterra já avançaram com bloqueios.
O secretário de Estado do Desporto considera que a relação entre a publicidade às casas de aposta e o futebol merece uma “reflexão profunda”, salientando que a dependência é de 72%. Em entrevista ao Público, João Paulo Correia considera que, depois de Itália, Espanha e Inglaterra terem impedido que as casas de apostas patrocinassem a liga, a mesma possibilidade devia ser estudada a nível nacional. “Essa reflexão tem de ser feita porque não podemos decidir prejudicando fortemente um setor”, realça.
Na mesma entrevista, o governante com a tutela do desporto rejeita que a atualização das regras para o programa Regressar possa provocar um decréscimo da qualidade dos desportistas a atuar no país, como até a CIP já alertou. Argumenta que a decisão de reformular a iniciativa teve como objetivo excluir do programa rendimentos na ordem das “centenas de milhares de euros”, mas sem nenhum setor específico à vista, nomeadamente o futebol.
João Paulo Correia comentou ainda a redução nos apoios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ao desporto. O secretário de Estado assegura que, em 2024, os contratos que não forem renovados — avaliados em valores “quase inexpressivos” — serão assegurados pelo Governo. E deixa a garantia: “Nenhum daqueles apoios que poderá não ser renovado em 2024 coloca em causa o funcionamento de qualquer federação desportiva”.
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