Ucrânia fez “excelentes progressos” para aderir à UE, diz von der Leyen
A presidente da CE considerou que houve "excelentes progressos" da Ucrânia no processo de adesão à União Europeia (UE) e que isso vai constar no relatório que vai ser apresentado na próxima semana.
“Tenho de dizer que houve excelentes progressos, é impressionante constatá-lo, e vamos atestar isso mesmo, na próxima semana, quando a Comissão apresentar o seu relatório sobre o alargamento”, disse Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev.
A sexta visita de von der Leyen à capital da Ucrânia está a ser acompanhada por um grupo de jornalistas, entre os quais da Deutsche Presse-Agentur (DPA), que está a servir de ‘pool’ para o European Newsroom, do qual a Lusa faz parte.
O relatório que a Comissão Europeia vai apresentar é fulcral para em dezembro o Conselho Europeu decidir sobre o início das negociações formais rumo à adesão da Ucrânia ao bloco comunitário.
Contudo, Ursula von der Leyen reconheceu que ainda há “muitas etapas” que a Ucrânia tem de concluir, nomeadamente, “reformar o sistema judicial, apertar com os oligarcas, debruçar-se sobre a lavagem de dinheiro e muito mais”.
“Estou confiante de que [a Ucrânia] vai conseguir atingir o seu objetivo e avançar para a próxima fase [do processo de adesão]”, completou a presidente da Comissão.
O Presidente ucraniano advertiu que o país “não está a pedir atalhos” para aderir: “As recomendações [de Bruxelas] são necessárias para começar as negociações e nós implementámos estas recomendações”.
“Estou grato, querida Ursula, por entender isto. Vamos continuar o nosso trabalho em conjunto e assegurar que os bens russos, em várias partes do mundo, mas, em particular, na Europa, não podem ser utilizados […], o Estado terrorista devia, com os seus bens e os bens a si associados, compensar os custos da guerra”, defendeu Zelensky.
O Presidente da Ucrânia também rejeitou que haja um impasse no conflito.
A visita de von der Leyen não é apenas uma deslocação para receber feedback sobre o processo de adesão da Ucrânia à UE.
As atenções mediáticas estão hoje voltadas para o agravamento das tensões no Médio Oriente e com os Estados Unidos a pronunciarem-se cada vez menos sobre a guerra entre Kiev e Moscovo, a viagem da presidente da Comissão tem como propósito enviar a mensagem política de que os 27 não esqueceram a Ucrânia e que este conflito continua a ser a prioridade.
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