Lloyd´s of London contesta acusações de ativistas

  • ECO Seguros
  • 8 Novembro 2023

Seguradora acusada de "lavagem de reparações" pelos seus esforços de apoio com o programa Futuros Inclusivos. Presidente defende que iniciativa é um verdadeiro esforço para fazer a diferença.

Um estudo encomendado pela seguradora Lloyd´s of London revelou que a seguradora teve um importante papel em viabilizar o tráfico transatlântico de escravos. A empresa desculpou-se publicamente pelos danos que causou às pessoas e comunidades e, em resposta, lançaram a iniciativa “Futuros Inclusivos” – um programa de iniciativas que visa apoiar “indivíduos negros e eticamente diversos a participar, progredir e prosperar desde a sala de aula até a sala de reuniões” que conta até agora com um investimento de cerca de 52 milhões de libras (cerca de 60 milhões de euros), avançou o jornal britânico The Guardian esta quarta-feira.

Importa salientar que a empresa seguradora não teve controlo sobre o estudo, este foi conduzido por investigadores da Universidade Johns Hopkins, Inglaterra, e financiado de forma independente pela Fundação Mellon, avança a BBC.

No entanto, há quem considere as ações da empresa insuficientes. Entre eles está o primeiro professor de estudos negros do Reino Unido, Kehinde Andrews, que declara que os esforços são “completamente inadequados” e sinónimos de “lavagem das reparações”. O professor considera que o montante em causa “era ofensivo, visto que não é nada para a empresa”. Acrescentando que as ações tratam-se de “relações públicas: apresentar um pedido de desculpas, assumir alguns compromissos, mas isto não é sério. Estamos a falar de grandes quantidades de riqueza que eles devem às pessoas”, cita o jornal britânico.

Em concordância está Shabna Begum, uma das diretoras executivas do Runnymede Trust, um grupo de reflexão sobre igualdade salarial. A diretora, ainda que contente com a iniciativa, julga que a empresa ainda tem um longo caminho pela frente, para ela as “políticas de inclusão e diversidade não são suficientes, é imprescindível aplicar políticas antirracistas que abordem desigualdades salariais” entre os trabalhadores da seguradora, lê-se no jornal britânico.

Em resposta às acusações, o presidente da Lloyd´s, Bruce Carnegie-Brown, disse que o projeto é mais do que dinheiro, é um verdadeiro empenho para fazer a diferença na vida das pessoas “onde temos realmente uma hipótese realista de ter um impacto significativo”. O dirigente realçou que o pacote de 52 milhões de libras faz parte de um conjunto mais vasto de iniciativas, escreve o Guardian.

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