Polémicas da Web Summit sem afetar estadias. Hoteleiros e alojamento local apontam para ocupação de 85%

  • Ana Petronilho
  • 13 Novembro 2023

Apesar da subida de preços das estadias e das polémicas que envolveram a cimeira, os hoteleiros e o alojamento local apontam para uma taxa de ocupação "em linha" com a do ano passado.

As polémicas que ensombraram a Web Summit um mês antes do arranque da cimeira não afetaram as estadias nos hotéis nem no alojamento local. Para os quatro dias do evento – que arranca esta segunda-feira e termina na quinta – os hoteleiros da Grande Lisboa esperam uma taxa de ocupação “média de 85%”, com as reservas “em linha com o ano passado”, disse ao ECO Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, que antevê, por isso, “uma semana muito positiva para a hotelaria” da capital.

Sobre os preços das estadias dos hotéis, a AHP recusa avançar com qualquer valor, mas espera que “vá ser superior a 2022”. No ano passado, o preço médio fixou-se nos 210 euros na cidade de Lisboa e de 198 euros na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Segundo os dados de um inquérito realizado pela AHP, em 2022, “93% dos inquiridos na AML indicaram que a taxa de ocupação foi superior a 80%”, sendo que na cidade de Lisboa “82% dos inquiridos registaram uma taxa de ocupação acima de 90%”.

E também o alojamento local (AL) aponta para o mesmo cenário, prevendo “uma ocupação na altura do evento em redor dos 85%”, que “não deve diferir muito da de 2022”, acrescenta ao ECO Educado Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).

Ainda de acordo com os dados do AL, a duração das estadias sobe para cinco ou seis noites, sendo que no restante mês de novembro rondam a média de quatro noites. Pelo perfil dos participantes na Web Summit, durante a cimeira internacional sobe a “procura por apartamentos maiores (T3 ou +)” e, “no caso dos menores (T1)”, sobe a procura pelos apartamentos de “maior qualidade, ou seja, não tem impacto em toda a oferta, mas em alguns segmentos”, acrescenta Eduardo Miranda.

De acordo com a AHP, durante o período da Web Summit, os principais mercados para a hotelaria são os EUA, Reino Unido, França, Portugal e Alemanha.

O evento, que se realizou pela primeira em Lisboa em 2016, conta este ano com 2.600 startups, “o maior número da história” da conferência, de acordo com a organização, com 900 investidores, cerca de 2.000 jornalistas confirmados, 300 parceiros, 800 oradores, num total de 70.000 participantes. Ao todo, estão representados 160 países.

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