Substituir Costa? “Ninguém falou comigo”, diz António Vitorino
O nome de António Vitorino foi avançado pelos media como sendo uma de quatro hipóteses para a substituição de António Costa à frente do Governo.
O advogado e ex-dirigente do PS António Vitorino assegurou esta terça-feira que ninguém lhe falou sobre uma possível substituição de António Costa, na sequência da demissão do primeiro-ministro anunciada após a investigação que o envolveu no caso Operação Influencer.
O nome de António Vitorino foi avançado na passada quarta-feira pelo Expresso como sendo uma de quatro hipóteses para a substituição de António Costa à frente do Governo, evitando assim o cenário de eleições antecipadas, que viriam a ser marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para 10 de março de 2024.
“Ninguém falou comigo”, disse à Lusa o antigo comissário europeu, à margem da sua audição como testemunha no julgamento do caso EDP, no Campus da Justiça, quando questionado sobre a sua inclusão entre os nomes que António Costa terá apresentado a Marcelo Rebelo de Sousa e que alegadamente incluiriam o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e o presidente do PS, Carlos César.
Este tema motivou já uma troca de comunicados entre o governador do Banco de Portugal e a Presidência da República, uma vez que no domingo, em declarações ao jornal Financial Times, Mário Centeno afirmou que teve “um convite do Presidente e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o Governo”.
De seguida, o Presidente da República negou, numa nota publicada no site da Presidência, que tivesse feito qualquer convite ou autorizado um contacto nesse sentido. Já na segunda-feira de manhã, Mário Centeno esclareceu, em comunicado, que não foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para chefiar o Governo.
Por outro lado, António Vitorino recusou fazer mais comentários sobre a situação política do país ou a disputa interna pela liderança do Partido Socialista, neste momento personificada nas candidaturas do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e do ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos.
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