Spotify vai despedir 1.500 trabalhadores na terceira ronda de saídas este ano

  • ECO
  • 4 Dezembro 2023

Plataforma de streaming sueca vai reduzir 17% da sua força de trabalho, juntando-se a outras tecnológicas que voltaram a avançar com planos de saídas no final deste ano.

O Spotify anunciou esta segunda-feira que vai despedir cerca de 1.500 trabalhadores, ou 15% da sua força de trabalho, numa decisão que visa baixar os custos. É a terceira ronda de saídas que a popular plataforma de streaming de música executa este ano, depois de ter despedido 600 em janeiro e 200 em junho.

“Para alinhar o Spotify com os nossos objetivos futuros e garantir que estamos adequadamente dimensionados para os desafios que se avizinham, tomei a difícil decisão de reduzir o nosso número total de efetivos em toda a empresa em cerca de 17%“, escreveu o CEO Daniel Ek numa carta aos funcionários do grupo.

Na mesma carta, Daniel Ek explicou que a empresa contratou mais pessoal em 2020 e 2021 devido ao baixo custo de capital e que, embora o negócio tenha aumentado, uma grande parte se deveu à maior disponibilidade de recursos. O Spotify investiu mais de mil milhões de dólares na criação da área de podcasts, tendo contratado celebridades como Kim Kardashian, o príncipe Harry e Meghan Markle, e expandiu a sua atividade para mais países com o objetivo de atingir os mil milhões de utilizadores até 2030.

Atualmente, o Spotify conta com 601 milhões de utilizadores, mais 345 milhões do que no final de 2020.

A empresa regressou aos lucros no terceiro trimestre, após trimestres de prejuízos. Lucrou 32 milhões de euros, com o resultado a ser impulsionado pelo aumento dos preços no serviço de streaming e pelo crescimento do número de utilizadores em todas as regiões. Deverá mesmo superar os 601 milhões de ouvintes mensais ativos neste trimestre.

Daniel Ek referiu esta segunda-feira que a redução deste tamanho poderá ser grande, tendo em conta os resultados positivos. “Em quase todas as métricas, somos mais produtivos, mas menos eficientes”, justificou, ainda assim. Já depois dos anteriores despedimentos, alguns regressaram à empresa.

Os trabalhadores afetados pelo despedimento vão começar a ser informados esta segunda-feira. Vão ter direito a cinco meses de salários de indemnização, subsídio de férias e seguro de saúde durante o período de indemnização.

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