Mesmo com bacalhau mais barato, cabaz de Natal sobe quase 10% face a 2022

Mesmo com o bacalhau mais barato, o preço de um cabaz de produtos tradicionais nesta quadra festiva subiu quase 10% face ao ano passado. Preço do azeite foi o que mais subiu.

Esta ceia de Natal vai voltar a pesar mais no orçamento das famílias. Apesar de o bacalhau estar mais barato do que no ano passado, o azeite, a couve o arroz e o vinho tinto viram o seu preço aumentar no último ano. Feitas as contas, o cabaz de produtos tradicionais nesta ocasião está quase 10% mais caro do que em 2022, segundo as contas da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização feita a 16 produtos alimentares habitualmente consumidos na ceia natalícia (que conta com produtos abrangidos pelo IVA zero, mas não só), entre os quais estão bacalhau, perna de peru, arroz carolino, azeite, couve, farinha para bolos, açúcar branco e outros.

Se a 7 de dezembro de 2022 este cabaz custava 46,31 euros, na quarta-feira passada custava já 50,80 euros. Ou seja, no espaço de um ano, o cabaz de Natal monitorizado pela Deco encareceu cerca de 4,50 euros (9,7%). De notar que, na semana passada, o Instituto Nacional de Estatística (INE) avançou que a taxa de inflação terá abrandado para 1,6% em novembro, face ao período homólogo, isto é, um mínimo em mais de dois anos.

Evolução do preço do cabaz de Natal:

O azeite virgem extra foi o produto que mais subiu de preço no último ano, tendo disparado 82% (mais 4,60 euros), face ao período homólogo. Segue-se o arroz carolino (22%), a farinha para bolos e a couve (ambos 18%), o vinho tinto do Douro (15%), a batata vermelha, o açúcar branco e a tablete de chocolate para culinária (todos 8%) e o abacaxi (com uma subida de 3%).

Há também produtos cujo preço recuou. O óleo alimentar 100% vegetal foi o produto que mais baixou desde então, tendo o respetivo preço recuado 37% (menos 1,13 euros) face ao ano passado. Segue-se a carcaça tradicional (-9%), o leite UHT meio gordo e o bacalhau (ambos -5%), a perna de peru (-4%) e os ovos classe M/L e o vinho Branco (DOC) Alentejo.

Desde o início deste ano, este cabaz, monitorizado pela Deco ficou 3,99 euros mais caro (8,53%). Já se a comparação for com o mês anterior (a 1 de novembro), encareceu 1,32 euros (2,67%). Face à última semana, ficou apenas 33 cêntimos mais caro (0,65%).

Analisando as categorias de produtos, desde o início de novembro e até esta quarta-feira, a mercearia foi a que registou o maior aumento, com uma cesta destes produtos a subir 4,35% (mais 84 cêntimos), para 20,19 euros.

Segue-se as frutas e legumes, cuja cesta aumentou 3,57% (mais 15 cêntimos) para 4,36 euros. O peixe aumentou 2,10% (mais 25 cêntimos), para 12,18 euros; as bebidas aumentaram 1,09% (mais 8 cêntimos), para 7,40 euros; e, por fim, os laticínios encareceram 0,83% (mais 2 cêntimos), para 2,45 euros.

Em contrapartida, a carne foi a única categoria a recuar, tendo cedido 0,23% (menos um cêntimo), para 4,27 euros.

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