Exportações descem 3,1% em outubro. É o sétimo mês consecutivo de quedas

Os combustíveis e lubrificantes foram os maiores responsáveis pela quebra das exportações. As importações também recuaram.

As exportações portuguesas de bens registaram em outubro uma descida em termos nominais de 3,1% face ao período homólogo, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). À semelhança do que aconteceu no mês anterior, as importações também recuaram: baixaram 2% face a outubro de 2022.

A queda, a sétima consecutiva das exportações, foi justificada em ambos os fluxos pelos combustíveis e lubrificantes, com as exportações a baixarem 22,2%, enquanto as importações caíram 23%, a refletirem uma redução em termos de volume (-5,9% e -7,3%, respetivamente) e a quebra dos preços destes produtos no mercado internacional.

“Excluindo combustíveis e lubrificantes, registou-se um decréscimo de 1,7% nas exportações, enquanto as importações, após dois meses em queda, aumentaram 1,3% (-8,4% e -10,1%, respetivamente, em setembro de 2023)”, refere o INE.

O défice da balança comercial aumentou 18 milhões de euros face a outubro do ano anterior, atingindo 2.900 milhões de euros. Em relação a setembro, o aumento é de 669 milhões de euros.

De acordo com o INE, os “combustíveis e lubrificantes representaram 21,9% do défice da balança comercial em outubro (31,6% em setembro de 2023; 28,8% em outubro de 2022), pelo que o saldo da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou -2.264 milhões de euros em outubro de 2023, o que corresponde a aumentos do défice de 212 milhões de euros em termos homólogos e de 738 milhões de euros em relação ao mês anterior”.

Em termos de países, destacam-se as descidas das exportações, em outubro, com destino ao Reino Unido (-20,6%), maioritariamente de veículos e outro material de transporte, aos Países Baixos (-21,9%) e a Espanha (-2,2%). Em sentido oposto, as vendas para os Estados Unidos registaram um aumento homólogo de 20,1%, sustentado sobretudo pelas exportações de produtos Químicos (Medicamentos) que, em grande parte, tiveram por finalidade transações após trabalho por encomenda.

Nas importações, houve uma quebra das transações com Espanha (-4,1%), maioritariamente de Gás natural, e China (-12,3%), essencialmente Máquinas e outros bens de capital.

No trimestre terminado em outubro de 2023, as exportações e as importações diminuíram 6,4% e 10,1%, respetivamente, em relação ao período homólogo, tendo caído 9% e 12,1%, pela mesma ordem, no terceiro trimestre deste ano.

(Notícia atualizada com mais informação às 11:55)

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