Xiaomi quer igualar faturação com smartphones e outros produtos até 2025
Atualmente, representam 60% das receitas. Mas o diretor da Xiaomi Portugal pretende que a faturação com smartphones represente metade, com os restantes produtos a representarem a outra metade.
O diretor da Xiaomi Portugal ambiciona igualar a faturação do negócio de smartphones e do restante ecossistema dentro de dois anos. Atualmente, os smartphones representam 60% das receitas da Xiaomi Portugal, enquanto os restantes 40% dizem respeito a wearables, robôs, televisões, trotinetes elétricas, entre outros produtos.
“Nós temos como ambição, nos próximos dois anos, chegar a 50%, ou seja, dividir a faturação” entre os smartphones e ecossistema, afirma Tiago Flores. Isto é, até 2025, a empresa pretende “equiparar em termos de faturação as duas grandes famílias” de produtos, acrescenta.
Atualmente, dentro do ecossistema, que representa 40% da faturação da tecnológica chinesa em Portugal, os wearables, que incluem relógios e auscultadores, pesam 22%; depois, com 20%, os robôs (aspiradores); seguem-se as televisões Android TV, com 15%; e as trotinetes elétricas, com 15%. “Depois, tudo o que sejam smart devices [dispositivos inteligentes], as câmaras, as air fryers, tudo isso pesa 12%”, detalha o responsável, em entrevista à Lusa.
No segmento ecossistema, os wearables são os produtos mais vendidos, seguido dos aspiradores robô, das televisões e das trotinetas. Face a 2022, em termos de quantidades de smartphones, “apresentamos à data um crescimento entre os 15% e 20%” e o negócio do ecossistema “cresce a dois dígitos”, refere.
O negócio em Portugal tem estado a correr “bem” e, de acordo com dados da consultora a IDC, “continuamos a crescer acima do mercado em smartphones“, o qual está “ligeiramente estagnado” em termos de unidades, prossegue o responsável pela Xiaomi Portugal.
“Temos conseguido apresentar crescimentos em unidades em relação ao ano passado”, salienta Tiago Flores, sublinhando que a tecnológica chegou ao final do terceiro trimestre “a uma quota de mercado de 30% [de smartphones] no mercado nacional”.
Este desempenho “tem dois eixos de desenvolvimento”, diz. O primeiro “é que, contrariamente a muitas marcas que estavam no mercado, não abandonámos nenhum segmento”, mas “reforçámos até”, salienta Tiago Flores. Além disso, “na nossa gama média temos ganhado muito terreno, temos mantido a competitividade de preço e oferecendo cada vez mais tecnologia”, argumenta. A Xiaomi está em segundo lugar no mercado de smartphones em Portugal em quota de mercado.
“O nosso grande objetivo é continuar a oferecer ao consumidor a melhor experiência de smartphones, juntamente com o nosso ecossistema conectado e ajudar os consumidores nesta transição digital”, sublinha o responsável.
Tiago Flores recorda que a marca fez duas campanhas “muito fortes” este ano, sendo que na primeira metade do ano lançaram uma “campanha com criadores locais”, em que foram a “sítios muito icónicos de Portugal” e convidaram dois criadores de conteúdos, no âmbito da parceria da Xiaomi e da Leica nos smartphones. No segundo semestre, com a chegada da Xiaomi Master Class a Portugal, convidaram o fotógrafo e fotojornalista Rui Caria para participar no projeto.
Estes são “dois investimentos locais que fizemos este ano”, sublinha, sem adiantar valores. “Estamos comprometidos em criar maior conteúdo local, conteúdo português, produzido em Portugal, com agências portuguesas, com criadores portugueses, para de facto potenciar e mostrar a nossa tecnologia de uma forma muito localizada”, afirma Tiago Flores.
Xiaomi quer portefólio “mais competitivo” nos telemóveis em 2024
Para 2024, “queremos trazer portfólio mais competitivo na parte dos smartphones e continuar a ser consistentes no binómio preço justo e do ponto de vista tecnológico”, sendo que no ecossistema “queremos trazer mais equipamento e novas categorias”.
A Xiaomi Portugal mantém o objetivo de cinco milhões de equipamentos conectados em Portugal até 2024: “Estamos bem encaminhados”, remata.
Quanto ao 5G, trata-se de um segmento “que começa a penetrar em equipamentos de mais baixo valor [e] acreditamos que no próximo ano essa tendência se vai intensificar”, refere.
Quanto à inteligência artificial (IA), esta “já está presente” na tecnologia da Xiaomi “há muito tempo” e, em 2024, através do novo sistema operativo, vai permitir uma maior interligação entre o smartphone e o ecossistema.
A Xiaomi tem neste momento 623 milhões de utilizadores de smartphones ligados a nível global e 699 milhões de equipamentos IoT (Internet das Coisas) conectados no mundo. “Temos um crescimento muitíssimo significativo de utilizadores que têm mais de cinco” dispositivos Xiaomi, que “são mais de dez milhões em todo o mundo”, conclui.
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