Vítor Constâncio critica dissolução do Parlamento
"Preferia que não tivesse havido dissolução e que tivesse continuado um Governo de maioria", declarou o antigo governador do Banco de Portugal em entrevista à RTP3.
Vítor Constâncio preferia que o Presidente da República não tivesse optado pela dissolução do Parlamento e, em vez disso, tivesse continuado o Governo de maioria absoluta. “Isso teria sido preferível em termos da estabilidade política“, afirmou o economista, no programa Tudo É Economia, transmitido esta terça-feira na RTP3.
Para o antigo governador do Banco de Portugal, é “discutível” a interpretação da Constituição de que se vota nas legislativas para escolher o primeiro-ministro. “Não é o caso, vota-se em partidos e não na pessoa do primeiro-ministro. A realidade jurídica, constitucional, é essa”, assinalou.
Questionado sobre quais devem ser as prioridades do próximo governo, destacou a qualificação dos recursos humanos, mas também o aperfeiçoamento da administração pública e do sistema judicial. Também “manter as condições de coesão social que são indispensáveis para o bom funcionamento de qualquer sociedade”, acrescentou Constâncio, apelando ao investimento em setores como a saúde e a educação.
O economista considera ainda que o país precisa de continuar a ter investimento estrangeiro. Porém, isso “não passa necessariamente” por baixar os impostos às empresas, apontou.
(Notícia atualizada às 22h19)
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