Turismo gerou receitas de 330 milhões em novembro, mais 43% do que antes da pandemia

  • Ana Petronilho
  • 15 Janeiro 2024

Preço por noite está, em média, 30% acima dos valores de 2019. A um mês do Natal e do fim de ano, as receitas dos hotéis e alojamentos em Portugal continuavam a subir.

A subida do preço das estadias não está a assustar os turistas, com o número de dormidas a continuar a crescer e o setor do turismo a gerar receitas recorde. Em novembro, no mês anterior ao Natal e à passagem de ano, os hotéis e os alojamentos arrecadaram receitas totais de 329,4 milhões de euros, mais 13,3% face ao período homólogo. Deste valor, 243,5 milhões foram receitas conseguidas através das dormidas, com as verbas a subirem 13,2% quando comparadas com o período homólogo, revelam os dados divulgados pelo INE esta segunda-feira.

Estes números ficam igualmente bem acima de 2019. As receitas totais relativas a este ano ultrapassam em 43,2% os montantes arrecadados no período pré-pandemia, sendo que nas receitas das dormidas o crescimento fixou-se em 46,8%.

Ainda assim, o rendimento por quarto ocupado (preço por noite) abrandou e registou o menor crescimento em cadeia do ano. Em média, nos hotéis e nos estabelecimentos de alojamento de todo o país, o rendimento médio por quarto ocupado atingiu os 91,9 euros, mais 5,2% em relação ao mesmo mês de 2022 e mais 10,5% face a outubro de 2023. E 30,3% acima dos valores de novembro de 2019, de acordo com o INE.

Sem surpresas, o valor mais elevado do país continua a registar-se na Área Metropolitana de Lisboa, onde o preço por noite atinge os 127,1 euros. Seguem-se o Norte (84,6 euros), a Madeira (81,3 euros) e o Alentejo (78 euros).

Os acréscimos mais expressivos no preço por noite verificaram-se nas regiões autónomas, mais 11% na Madeira e nos Açores cresceu 7,4%, seguindo-se o Norte subindo 7,3%.

Entre os vários tipos de alojamento, em novembro, o preço médio por noite cresceu 4,8% nos hotéis e 9% no alojamento local face ao período homólogo, atingindo 93,8 euros e 77,6 euros, respetivamente. No turismo rural, preço da estadia cresceu 1,8% atingindo 102,1 euros.

Em termos acumulados, entre janeiro e novembro de 2023, as receitas totais cresceram 20,4% para atingir 5,7 mil milhões de euros, sendo que 4,4 mil milhões foram arrecadados em dormidas, crescendo 21,6%. Comparando com igual período de 2019, estes valores traduzem subidas de 40,1% e de 42,9%, respetivamente.

Os dados do INE revelam ainda que, em termos acumulados, os maiores crescimentos nas receitas totais e de dormidas foram registados nos Açores com 27% e 28,6%, respetivamente e na Área Metropolitana de Lisboa subiram 25,1% e 26,5%. Segue-se o Norte onde o crescimento foi de 25% e de 26,1%, respetivamente, e na Madeira 24,1% e 27,1%.

Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas, com os Açores a arrecadar mais 61,3% e mais 63,2%, respetivamente, e a Madeira com mais 59,7% e 71,9%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Turismo gerou receitas de 330 milhões em novembro, mais 43% do que antes da pandemia

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião